Ciclistas fecham Avenida Paulista em protesto a favor das ciclovias
Ato seguiria até a sede do Ministério Público; nesta quinta (18), o órgão teve atendido o seu pedido de paralisação das obras nas faixas
Na noite desta quinta (19), por volta das 20h, cerca de 200 ciclistas se reuniram na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, próximo a Rua da Consolação para protestar a favor da construção das ciclovias pelas ruas da cidade. Horas antes, o Tribunal de Justiça de São Paulo havia atendido uma recomendação do Ministério Público (MP) e determinado a suspensão das obras, causando a revolta dos cicloativistas.
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Por causa do número de ciclistas que se aglomeraram na região em um horário que costuma ter um fluxo grande de automóveis na via, a Polícia Militar precisou acompanhar o ato.
Portando faixas, o grupo decidiu trafegar pela Avenida Paulista, no sentido Paraíso, parando em dois pontos da via, onde duas ciclistas morreram atropeladas e há bikes brancas indicando os pontos.
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Durante o trajeto, eles pediam que as obras continuassem. Devem também criar um abaixo assinado em prol das ciclovias. O ato seguiria em direção a sede do Ministério Público, que fica na região central da cidade.
Na decisão, de caráter liminar, o juiz Luiz Fernando Guerra, da Vara da Fazenda Pública, decidiu nesta quinta pela suspensão das obras, com exceção da faixa exclusiva na Avenida Paulista. Ele alega que esta obra “aparenta melhor estudo e planejamento”.
A promotora Camila Mansour, autora do pedido de cancelamento, disse à VEJA SÃO PAULO que vai recorrer da decisão. Para ela, a construção da ciclovia no principal cartão-postal da cidade também deve ser paralisada.
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Em entrevista na manhã desta quinta, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse “não ter cabimento julgar uma obra que não está pronta”. Ele lembrou ainda que está implantando uma malha cicloviária mínima para conectar a bicicleta às estações de trem e metrô, além dos terminais de ônibus. “Estamos consolidando uma malha de 500 quilômetros. Vamos fazer mais 430 quilômetros até o fim do ano.”