Casas para pessoas em situação de rua são grafitadas; veja fotos
Unidades modulares de 18 metros quadrados devem ser entregues antes do Natal no Canindé
Um coletivo de grafiteiros está colorindo as paredes das casas modulares que serão destinadas para pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. Elas integram a Vila Reencontro, um projeto da Prefeitura de São Paulo que visa dar moradia para pessoas em situação de vulnerabilidade.
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O trabalho dos 12 grafiteiros começou no início deste mês e deve ser concluído até o dia 16 de dezembro. A intenção da prefeitura é o de entregar a primeira vila, na Avenida Cruzeiro do Sul, no Canindé, Zona Norte da capital, antes do Natal.
Com a curadoria de Thiago Bender, os artistas foram contratados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social para desenvolver seus trabalhos nas paredes dos módulos, que contam com 18 metros quadrados cada. A primeira leva de residências da Vila Reencontro contará com 26 unidades. O espaço onde elas estão comporta até 270.
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Segundo o designer Marcelo Zuffo, 51 anos, também grafiteiro e professor de artes, o coletivo foi convidado após o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Júnior, conhecer o trabalho dos artistas independentes feito nas unidades do Sefras (Serviço de Assistência dos Franciscanos).
O projeto gráfico encomendado obedece às diretrizes do projeto, sendo a principal delas o conceito de “housing first” (moradia primeiro). “É a relação da moradia como dignidade e a reintegração das famílias. E estamos mostrando como as famílias começam a ter essa reintegração e começam a ser reinseridas na sociedade, além de mostrar como é a relação de cada uma com a casa”, explica Zuffo.
No total os artistas foram contratados para grafitar 420 metros quadrados. As artes estão sendo feitas nas laterais dos módulos.
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O projeto
As unidades serão destinadas a famílias de até quatro pessoas. Cada um poderá permanecer por um período determinado, entre 12 meses a 18 meses. Cada unidade tem custo estimado de cerca de 70 000 reais. Como as unidades são modulares, elas podem ser agrupadas para comportar mais integrantes.
Inicialmente elas seriam instaladas no número 900 da avenida do Estado. Entretanto, o terreno está em investigação para avaliar se está ou não contaminado.
Outro ponto que deve receber uma Vila Reencontro é a Ladeira da Memória, ao lado do Metrô Anhangabaú, no centro.
A ideia das vilas é a de que as pessoas tenham autonomia e assistência. Cada vila deverá contar com cozinha comunitária, refeitório, brinquedoteca, lavanderia, horta social e espaços para atendimentos socioassistenciais.