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Estudante de moda presa em protesto nega vandalismo

Luana Bernardo Lopes, de 19 anos, presa na segunda-feira (7), diz que não quebrou nada

Por Juliana Deodoro
Atualizado em 5 dez 2016, 15h35 - Publicado em 9 out 2013, 16h43
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  • A estudante de moda Luana Bernardo Lopes, de 19 anos, presa na segunda-feira (7) após um violento protesto em São Paulo, negou ter participado de qualquer ato de depredação do patrimônio. Ela e o amigo – “e não namorado”, segundo Luana – Humberto Caporalli, de 24 anos, foram acusados de infringir a lei 7.170, conhecida como Lei de Segurança Nacional.

    Em um desabafo nas redes sociais, a estudante diz: “Não quebrei nada, não depredei nenhum patrimônio publico, não bati/ quebrei/ atirei pedras em carro, loja ou estabelecimento público algum”. E conta que na segunda-feira foi ao protesto com Humberto para fotografar, “com uma câmera na mão e algumas tintas (como de costume, já não me lembro o dia que saí de casa sem pelo menos um pincel, caneta e papel na bolsa)”, explica. “Se cometi alguma crime nessa noite, foi o de acreditar com toda minha fé que única arma que pode mudar algo é a da arte.”

    Leia na íntegra o que Luana disse em seu perfil do Facebook

    + Governo cria grupo para identificar vândalos em protestos

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    Lei de Segurança Nacional

    A polêmica prisão de Luana e Humberto – que foram soltos no dia seguinte – foi ainda maior porque a Lei de Segurança Nacional, que o delegado do 3º Distrito Policial os acusou de infringir, foi promulgada em 1983, durante a ditadura militar. Trata essencialmente de atos de terrorismo e deve ser julgada por um Tribunal Militar.

    Os dois foram acusados ainda de formação de quadrilha, incitação ao crime e dano qualificado ao patrimônio público.

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    Em entrevista coletiva na terça-feira (8), o secretário de Segurança Pública Fernando Grella Viera afirmou que imagens gravadas pelo casal seriam usadas como provas de que eles teriam incentivado a destruição de uma viatura policial. Sobre a decisão do delegado de acusar os jovens pela Lei 7.170, Grella disse apenas que não iria emitir “juízo de valor”.

     

    O grupo Advogados Ativistas, que fez a defesa de Luana e Humberto, afirmou que a decisão do juiz é um alerta para que prisões em protestos sejam feitas dentro da legalidade. “Os Advogados Ativistas não admitirão que seja implementada a utilização da Lei de Segurança Nacional, criada sob um regime ditatorial e que não coadunam com um Estado Democrático de Direito.”

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