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Casal acusado de matar e esquartejar zelador vai a júri popular

Ambos tiveram a prisão preventiva decretada no mesmo dia em que o corpo foi encontrado; caso aconteceu em 2014

Por Estadão Conteúdo
2 out 2017, 18h47
Jezi Lopes de Souza - zelador desaparecido
Jezi Lopes de Souza - zelador desaparecido (Reprodução TV Globo/Veja SP)
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O casal acusado de matar e esquartejar o zelador Jezi Lopes de Souza, de 63 anos, e queimar o seu corpo, em 2014, será levado a júri popular nesta segunda-feira (2), no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. O publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins e a mulher dele, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, estão presos preventivamente desde então.

O júri, que deve durar de três a cinco dias, acontece no plenário 10, o maior da Barra Funda, onde também foram julgados outros casos de repercussão, como os de Suzane von Richthofen, Gil Rugai e Elize Matsunaga. Ao todo, 37 testemunhas foram arroladas no processo, mas apenas 11 irão prestar depoimento diante do Conselho de Sentença – as demais foram dispensadas. Do total, seis são testemunhas de acusação, duas em comum e três foram incluídas pela defesa.

Após a oitiva das testemunhas, haverá o interrogatório dos réus e a fase de debates entre o Ministério Público de São Paulo, responsável pela acusação, e os advogados de defesa. O julgamento é presidido pela juíza Flávia Castellar Olivério.

Caso

O crime aconteceu há mais de três anos, no fim de maio de 2014. Após ficar desaparecido por cerca de três dias, o corpo do zelador foi encontrado esquartejado e com sinais de queimadura na casa do pai de Martins, na Praia Grande, no litoral sul paulista em 2 de junho. No mesmo dia, o casal teve prisão temporária decretada.

O zelador trabalhava em um edifício, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo. Lá, foi visto pela última vez entregando correspondência – momento filmado pelo sistema de monitoramento do prédio. Para as investigações, ele foi morto por asfixia.

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Segundo testemunhas, o casal tinha histórico de desentendimentos com Souza. Para a acusação, uma briga na garagem do prédio teria motivado o crime.

À Polícia Civil, o publicitário chegou a confessar ter brigado com o zelador, mas afirmou que a morte foi acidental. Segundo a versão de Martins, Souza teria batido a cabeça no batente da porta.

De acordo com os investigadores, o publicitário usou um serrote para cortar a vítima e tentou queimar as vísceras do zelador. Segundo a acusação, Ieda teria tentado encobrir o crime e ocultar o corpo, ajudando o marido a pôr a mala, onde estava a vítima, em um carro. Os dois negam.

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