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Blocos de carnaval na capital são desafio para gestão Doria

A cidade bate a marca de 495 blocos de rua cadastrados

Por Ana Carolina Soares
13 jan 2017, 16h51
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  • Um ditado diz que o ano só começa mesmo depois do Carnaval. No calendário oficial, a farra do Rei Momo rolará a partir de 24 de fevereiro. Mas os foliões já esquentam os tamborins desde agora nos chamados “esquentas” dos blocos de rua. Desta vez, há um número recorde de cordões inscritos, 495, um salto de 60% em relação a 2016.

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    O processo de registros ocorreu ainda na gestão de Fernando Haddad. A nova prefeitura garante que ninguém será barrado na festa. Segundo estimativas dos especialistas nesse circuito, cerca de 2,5 milhões de pessoas deverão cair no ziriguidum nas vias da capital.

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    Mais gente deve significar também mais faturamento — a última festa movimentou 400 milhões de reais. Para garantir a animação, estão confirmadas agremiações como o Monobloco, “importado” do Rio de Janeiro. A apresentação da turma está agendada para 19 de fevereiro, aos pés do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, e deve atrair 80 000 fãs.

    Comandar o negócio, que vem ganhando proporções cada vez maiores, é o desafio da administração municipal. “Apostaremos em logística, como sinalização, ordenação do trânsito e aumento do número de banheiros químicos”, afirma André Sturm, novo secretário de Cultura.

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    Para isso, a pasta e uma empresa privada, ainda não selecionada, investirão aproximadamente 17 milhões de reais nas ações preventivas. “Se revistarmos todo mundo, vão dizer que somos repressores”, diz Sturm. “Caso a fiscalização seja muito frouxa, passaremos a imagem de relapsos. É bem difícil atingir o ponto de equilíbrio. No meio de 2 milhões de pessoas, se houver vinte brigas, tudo bem. Mas queremos evitá-las”, completa.

    As principais encrencas se concentram na área da Vila Madalena. Em 2015, teve muita sujeira, “trenzinhos de drogas”, que ziguezagueavam pelas ruas oferecendo vários tipos de substância, e bombas de efeito moral da Polícia Militar. No ano passado, a prefeitura determinou uma série de normas para evitar o caos.

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    Limitou o acesso ao bairro, tirou da Vila os cordões com mais de 20 000 pessoas e estabeleceu um horário de término para a folia (22 horas). Com isso, a bagunça foi menor, mas o incômodo para os moradores persiste.

    Agora, a região se prepara para receber um número 40% maior de foliões. Sturm promete continuar com a política de descentralização adotada no fim da gestão passada. “Espalhar as festas em diversos bairros e remanejar horários é nossa estratégia”, afirma. Em dezembro, antes de assumir o cargo de prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias começou a se encontrar com líderes de bandas e moradores da área e negociaram mudanças.

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    Dos 110 grupos cadastrados naquela região, só ficarão na Vila os 25 que desfilaram até 2016. “Muitos deles migraram para a ‘Terça-Feira Gorda’, que estava totalmente livre”, conta Mathias. O restante será direcionado para bairros vizinhos, como o Itaim Bibi.

    Blocos grandes aprovaram a alteração de endereço. “Blockbusters cariocas” há seis anos na folia paulistana, o Bangalafumenga e o Sargento Pimenta começaram na Vila, mudaram-se para o centro em 2016 e, neste ano, ocuparão o Memorial da América Latina, na Barra Funda, em 11 e 12 de fevereiro. “O local é perfeito pelas facilidades proporcionadas por ônibus e metrô”, diz Cesar Pacci, sócio da Oficina de Alegria, empresa que produz as bandas.

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    Bloco mais tradicional da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta foi para a Rua da Consolação no ano passado e sairá no mesmo endereço, em 19 de fevereiro. “Há alguns anos, São Paulo exportava turista, hoje tem baiano e carioca vindo para cá curtir”, afirma Alê Youssef, presidente do grupo.

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    A atriz Alessandra Negrini, destaque do bloco de carnaval Acadêmicos do Baixo Augusta (Foto: Denise Andrade/Estadão Conteúdo)
    A atriz Alessandra Negrini, destaque do bloco de carnaval Acadêmicos do Baixo Augusta (Foto: Denise Andrade/Estadão Conteúdo) ()

    O ESQUENTA DA FESTA

    Uma seleção de grupos que promovem eventos em janeiro

    Bloco da Catuaba

    Estilo: axé e pop
    Quando: sábado (14), a partir das 16h
    Onde: MixCelânia. Rua Mourato Coelho, 972, Pinheiros
    Preço: R$ 20,00

    Chega Mais

    Estilo: batuque com hits dos anos 80
    Quando: sábado (14), a partir das 16h
    Onde: Bar Aurora. Rua Professor Atílio Innocenti, 277, Itaim Bibi
    Preço: R$ 11,00 a R$ 40,00

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    Confraria do Pasmado

    Estilo: marchinhas e samba
    Quando: sábados (14 e 28), 15h às 20h
    Onde: Rua Girassol, 27, Vila Madalena
    Preço: Grátis

    Bloco Agora Vai 

    Estilo: roda de samba
    Quando: terças (17, 24 e 31), a partir das 19h
    Onde: Rua Marta, 50, Santa Cecília
    Preço: grátis

    Blocos Me Serve Mestre e Besta é Tu 

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    Estilo: samba, rock, pop e marchinhas
    Quando: sábado (21), a partir das 15h
    Onde: Rua Girassol, 31, Vila Madalena
    Preço: grátis

    Bloco Ritaleena

    Estilo: sucessos da cantora Rita Lee em versões de samba
    Quando: terça (24), a partir das 22h
    Onde: Bar Brahma. Avenida São João, 677, centro
    Preço: R$ 20,00

    Whisky e Agogô com bloco Chega Mais e Kid Vinil

    Estilo: hits da década de 80 em ritmo de Carnaval
    Quando: terça (24), a partir das 23h
    Onde: Clube Caravaggio. Rua Álvaro de Carvalho, 40, centro
    Preço: R$ 25,00 a R$ 35,00

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    Bangalafumenga e Sargento Pimenta 

    Estilo: mesclam samba, funk e rock
    Quando: quarta (25), 14h às 23h
    Onde: The Week. Rua Guaicurus, 324, Lapa
    Preço: R$ 55,00 a R$ 85,00

    Versão Brasileira Pré-Carnaval

    Estilo: Monobloco com participação de Moraes Moreira e BNegão, entre outros músicos
    Quando: sexta (27), a partir das 21h
    Onde: Audio Club. Avenida Francisco Matarazzo, 694, Água Branca
    Preço: R$ 40,00 a R$ 180,00

    Baixo Augusta 

    Estilo: marchinhas, samba e rock e a presença de artistas, como a rainha de bateria Alessandra Negrini
    Quando: domingo (29), a partir das 15h
    Onde: Club Homs. Avenida Paulista, 735
    Preço: grátis

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