Uso de máscaras: como ficam as escolas e os planos para espaços fechados
Proteção facial era obrigatória desde maio de 2020; especialistas alertam que quem não se sentir seguro deve manter o acessório
Desde a última quarta-feira (9), os cidadãos paulistas não são mais obrigados a usar máscaras em espaços abertos sem pessoas aglomeradas. A medida, anunciada pelo governador João Doria em um evento realizado nos jardins do Palácio dos Bandeirantes, não vale para transportes públicos e áreas externas com aglomeração. “A decisão se deve fundamentalmente ao avanço da vacinação e está respaldada na ciência, na saúde e no respeito à vida”, afirmou Doria. “Em dois anos e dois meses, é a primeira vez que faço uma coletiva sem máscara. Estou me sentindo leve.”
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Nas escolas públicas e particulares, a medida também vale, ou seja, os alunos podem ficar sem máscaras apenas em áreas externas, como nos locais de convívio e quadras. “Nossas crianças vão poder estar nas escolas, nos ambientes abertos, já sem máscara. Continua obrigatório o uso na sala de aula ou nos ambientes fechados. Nos ambientes abertos, nas quadras que só têm a cobertura, mas não são fechadas nas laterais, não precisará mais”, disse o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. O uso de máscara era obrigatório desde maio de 2020, sob pena de multa e até prisão.
Independentemente da liberação por parte das autoridades, quem não se sentir seguro deve continuar a utilizar o acessório. “Especialmente os idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas”, diz o infectologista Evaldo Stanislau, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mas como a pessoa que está em local aberto sabe se ali há ou não aglomeração? Qual a métrica para isso? “Olhe sempre ao redor. Se você estiver na Rua 25 de Março, na Avenida Paulista ou num ponto de ônibus com pessoas a 1 metro de você, continue a usar as máscaras. Agora, se estiver no Parque Ibirapuera, na praia ou numa rua com seu cachorro, sempre sem muita gente em volta, pode andar sem máscara tranquilamente.”
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A exemplo de outros estados, São Paulo também já pode pensar mais adiante e liberar as máscaras em ambientes fechados. “Com o crescimento da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, possivelmente em duas semanas o governo pode avaliar a liberação do uso completo de máscaras. Mas isso vai depender da consciência de cada pessoa. Se tudo continuar correndo bem, até o dia 23 de março, São Paulo pode anunciar a liberação completa do uso de máscaras em todos os ambientes e em todas as circunstâncias”, disse o governador Doria. No município de São Paulo, mais de 80% da população entre 5 a 11 anos recebeu a primeira dose da vacina, e 24,70% foram imunizados com a segunda. Além da liberação das máscaras, Doria também determinou que os estádios de futebol possam receber 100% de sua capacidade, ante 70% até o último dia 9.
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Publicado em VEJA São Paulo de 16 de março de 2022, edição nº 2780