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OLÁ,

Após cancelamentos da Latam, casal de brasileiros fica retido na Jamaica

Companhia aérea não deu solução para a volta do país da América Central, e paulistanos aguardam resolução

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 19 mar 2020, 20h45 - Publicado em 19 mar 2020, 20h39
 (Divulgação/Divulgação)
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Um casal de brasileiros que viajou de férias para a Jamaica enfrenta problemas para voltar para o Brasil. Silvano e Vanderlea Tarantelli foram para o país no dia 8 de março e passearam pela cidade de Montego Bay. Naquela ocasião o número de casos confirmados de Covid-19 na América Latina era baixo. A volta estava programada para o dia 22, mas não irá ocorrer.

Em meio a pandemia, a Latam cancelou cerca de 70% dos seus voos internacionais. O casal teve sua passagem cancelada e até o momento, relatam que não houve resolução do problema por parte da companhia aérea. “A única forma de contato com a Latam é pelo Brasil. A gente tentou todos os canais de atendimento internacionais e nada. Passamos e-mail e não recebemos nenhuma resposta que não fosse protocolar”, relata Silvano.

“A situação aqui na Jamaica é de preocupação [em relação ao coronavírus]. O primeiro ministro adotou uma série de medidas: turistas estão sendo aconselhados a permanecerem nos hotéis”, complementa. Depois das tentativas frustradas ele recorreu aos filhos, que permaneceram no Brasil, e tentaram resolver a situação presencialmente.

“Fui até o Aeroporto de Congonhas para saber o que estava acontecendo”, relata Enrico, filho do casal, que compareceu ao endereço na quarta (18). “Depois de cinco horas na fila, havia muita gente querendo resolver casos parecidos, nos passaram a informação de que 70% dos voos foram cancelados”, lembra. “Falaram que os voos estariam sendo remarcados a partir de 2 de abril, mas que estes provavelmente também seriam cancelados”, diz Enrico.

O rapaz perguntou então se a funcionária poderia trocar a escala. “Conhecidos conseguiram [sair da Jamaica] pegando um voo que parava no Panamá”, diz. O voo de Silvano e Vanderlea tinha escala no Peru, que recentemente fechou suas fronteiras. Foi informado então que teria que se dirigir até o atendimento do Aeroporto de Guarulhos, pois a mudança envolveria uma outra companhia aérea, a Copa Airlines.

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Nesta quinta (19) Enrico foi até Guarulhos, mas nada adiantou. “Esperei três horas para ser atendido e falaram que tentariam pegar a escala pelo Panamá e fiquei aguardando. No fim disseram que a Copa Airlines não aceitou essa troca. Fiquei de mãos atadas”, relata.

Procurada pela Vejinha, a Latam informou que “está em contato com diversas autoridades do Brasil e de outros países para analisar a viabilidade da repatriação de seus clientes que não conseguiram retornar aos seus países de origem por conta do recente fechamento das fronteiras”.

Silvano procurou a embaixada brasileira na Jamaica. “Me pediram para mandar número de passaporte e do voo, vão ver o que conseguem fazer. Não me deram muita esperança”, disse.

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A reportagem procurou o Itamaraty, que por sua vez afirmou que lida com milhares de casos parecidos em diversos países depois do início da pandemia. Nesta quinta o órgão divulgou que conseguiu negociar junto ao governo peruano voos especiais que serão realizados na sexta (20), com o “objetivo de repatriar brasileiros que se encontram retidos” no país em decorrência do surto de coronavírus.

“Falaram que vão trocar a passagem cancelada por créditos que eles poderão usar até o final do ano”, diz Enrico. “Se não conseguirmos, o jeito vai ser gastar mais um dinheirão e comprar bilhetes de outra empresa”.

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