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Alunos da Santa Casa pedem saída de conselheiro investigado por desvios

Tonico Ramos é alvo de inquérito do Ministério Público por supostos gastos irregulares com cartão de crédito e assédio contra funcionários

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 Maio 2023, 14h36 - Publicado em 26 Maio 2023, 11h35

Alunos da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo protestam nesta sexta-feira (25) e fazem mobilizações nas redes sociais pedindo o afastamento do conselheiro Tonico Ramos, que é investigado pelo Ministério Público por suposto desvio de dinheiro da instituição.

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Tonico Ramos é Antonio Cleidenir Ramos, que foi deputado estadual entre 1983 e 1985. Segundo as investigações do MP, ele é suspeito de ter feito gastos irregulares com o cartão de crédito corporativo e ter desviado dinheiro da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, que mantém a Santa Casa, para fins pessoais.

Há também indícios de que ele estaria fazendo chantagens para demitir funcionários e que estaria praticando assédio moral contra professores. O caso está em fase de inquérito e ainda não houve apresentação de denúncia.

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Em manifesto divulgado nesta semana, o Centro Acadêmico Manoel de Abreu, formado por estudantes da faculdade, afirma que é “vergonhoso” que a fundação seja “alvo de denúncias tão graves que afetam anos de qualidade de ensino”. O curso de medicina da Santa Casa é considerado o melhor do país em instituições privadas, e a mensalidade do primeiro ano custa 9 662 reais.

“Mais vergonhoso ainda é o fato de que o principal alvo da denúncia, senhor Tonico Ramos, ainda não ter sido afastado, nem mesmo temporariamente, pelos seus colegas do Conselho Curador, que apoiam as decisões arbitrárias e imorais que vêm sendo tomadas pela Fundação. Conselho este que não é formado por profissionais da área da saúde ou educadores, mas que acredita ser capacitado para tomar decisões que afetam diretamente o funcionamento de uma faculdade de Medicina. Conselho este que já deixou claro não seguir seu próprio Estatuto, tomando decisões arbitrárias, sem cunho legal, que afetam o futuro da academia, como a demissão de 5 dos 6 membros da Diretoria Executiva da FAVC no dia 19/05/2023”, acrescenta o manifesto.

Os alunos pedem o afastamento imediato de Tonico Ramos, e que ele seja substituído por um interventor nomeado pelo Ministério Público, e que o conselho deixe de interferir em questões acadêmicas, além da garantia de que nenhum funcionário não relacionado ao processo será demitido durante a apuração das denúncias.

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Em nota, o Conselho Fiscal da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho afirmou que “tendo tomado conhecimento de denúncias, encaminhou-as à Curadoria de Fundações do Ministério Público Estadual para as medidas decorrentes” e que “neste momento, a Fundação aguarda orientações da Curadoria de Fundações do Ministério Público.

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