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Advogado de PM que matou jovem pede perícia em arma

A defesa do policial que atirou no adolescente Douglas Rodrigues acredita que a arma pode ter disparado sozinha

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 15h29 - Publicado em 31 out 2013, 15h29

O advogado de defesa do policial preso por suspeita da morte do jovem Douglas Rodrigues, de 17 anos, na Zona Norte, no domingo (27), solicitou perícia mais específica na arma usada no dia da ocorrência. Fernando Capano pretende saber se a pistola ponto 40 apresentava algum tipo de problema e, por isso, disparou sozinha. Além disso, o defensor pediu a liberação de seu cliente, 

Capano afirma que 98 mil armas da PM já foram recolhidas para revisão entre os meses de abril e setembro de 2013, pois poderiam ter disparado acidentalmente. Com isso, a pistola que o soldado Luciano Pinheiro Bispo, de 31 anos, portava seria mais uma dos equipamentos com defeito. O policial alega que o tiro que atingiu o estudante foi acidental. 

A morte do jovem motivou a revolta dos moradores da Vila Medeiros, na Zona Norte, onde o rapaz morava. Por duas horas e meia, os vizinhos protestaram, queimaram três ônibus, um carro e quebraram agências bancárias na noite da última segunda (28). No total, 35 pessoas foram detidas, sendo liberadas em seguida.

Caso

Na tarde de domingo (27), a polícia foi chamada para uma ocorrência de perturbação do sossego na Rua Bacurizinho, na Vila Medeiros. Douglas e seu irmão de 13 anos passavam na frente de um bar quando o rapaz foi atingido. Segundo a PM, ao sair do carro para fazer a abordagem houve um disparo acidental, o que é negado pela família.

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O policial que atirou foi autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e responderá a processo criminal. O fato gerou a revolta dos vizinhos.

Pelo Twitter, o governador Geraldo Alckmin lamentou o ocorrido com o jovem e recriminou a ação dos manifestantes. “Lamento profundamente a morte do jovem Douglas Martins Rodrigues. O soldado responsável pelo disparo já está preso e foi indiciado por homicídio. A comoção legítima da família não pode ser usada por vândalos como pretexto para depredação.”

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