50 coisas bacanas em restaurantes e bares de São Paulo
Confira curiosidades e inesperados atributos que encontramos pela cidade, como o avião de verdade pendurado no teto do Bar Brahma Aeroclube
1. Banheiro maluco
Não, não é uma pegadinha. Tanto o banheiro masculino quanto o feminino do restaurante Floriano, no Itaim, têm uma peça sanitária que funciona como luminária fixada no teto, recoberto pelas mesmas pastilhas usadas para revestir o piso. Além disso, as paredes trazem frases do artista plástico francês Marcel Duchamp, do poeta maranhense Ferreira Gullar e do professor carioca Luiz Camillo Osorio.
2. Artesanato mineiro
Como se fosse feito de janelinhas, um quadro de metal do restaurante Tordesilhas, na Consolação, exibe pequenas esculturas de madeira reciclada. Muito coloridas, elas foram confeccionadas pela Oficina de Agosto, no vilarejo mineiro de Bichinho.
3. As cordas dos Campana
Hotel-butique, o Emiliano, no Jardim Paulista, investe em mobiliário moderno. O bar de seu restaurante é decorado com peças arrojadas, entre elas a poltrona de cordas douradas criada pelos irmãos Humberto e Fernando Campana.
4. Michelangelo dos botequins
Pelos trabalhos expostos em célebres pés-sujos do Rio de Janeiro, como o Jobi, o carioca Nilton Bravo ganhou o apelido de “Michelangelo dos botequins”. Os donos do Pirajá, em Pinheiros, encomendaram a ele esta paisagem a óleo.
5. Duzentas flores flutuantes
Faça sol ou caia um toró, a entrada do restaurante Mestiço, na Consolação, tem sempre dois grandes vasos de barro cheios de água. Ali, flutuam mais de 200 flores, renovadas de tempos em tempos.
6. Não esquenta!
Além de preparado com primazia, o dry martini do restaurante Fasano chega numa embalagem para lá de elegante. Ao lado da taça de cristal, vem um bowl de prata cheio de gelo com uma garrafa na qual é mantido o restante da bebida.
7. Faca amolada
Confeccionadas pela Zakharov, no interior de Minas Gerais, as facas usadas nos restaurantes do Grupo Rubaiyat nunca maltratam o bife. Para que mantenham o corte perfeito, toda semana elas são afiadas por um especialista na cidade de Tremembé, no interior de São Paulo.
8. Um jantar entre 440 garrafas
O subsolo do Madeleine reserva uma grata surpresa: cinco mesas à luz de velas dentro da adega da casa, revestida de tijolinhos. No espaço, estão acomodadas 440 garrafas dos 76 rótulos de vinho presentes na carta.
9. Monomotor no teto
Um avião Piper Cherokee é a principal estrela das instalações do Bar Brahma Aeroclube, no Campo de Marte, em Santana. Fabricado na década de 70, o monomotor fica pendurado no teto do salão (na verdade, um hangar) por cinco cabos de aço.
10. Caravana árabe
Uma joia da arquitetura art déco dos anos 50, o restaurante Almanara da Rua Basílio da Gama, no centro, tem em uma de suas paredes uma tela com tuaregues do deserto assinada pelo cenógrafo e figurinista italiano Tulio Costa.
11. Na faixa
Aparentemente sem graça, pequenas jarras bojudas de vidro são a atração do Le Jazz Brasserie, em Pinheiros. Nelas, é servida, de cortesia, água filtrada à vontade para todos os clientes, gentileza adotada por outros restaurantes da cidade.
12. Horta na Paulista
Quase ninguém nota, mas escondidinho atrás do restaurante Spot, em Cerqueira César, há um jardim de ervas. Esparramam-se pelos canteiros manjericão, lavanda, alecrim, tomilho e hortelã, além de árvores como um pé de louro e uma pitangueira.
13. Conhece o shuffleboard?
No mezanino do Hooters, na Vila Olímpia, encontra-se uma mesa de shuffleboard, única no Brasil. O jogo, semelhante à bocha e ao curling, transcorre sobre o tampo, com 6 metros de comprimento. Pagam-se 20 reais por partida, da qual participam quatro pessoas.
14. Guitarra de B.B. King
O mestre do blues não só fez o show de inauguração do Bourbon Street, em Moema, em dezembro de 1993, como se apresentou por lá outras cinco vezes. Presente do próprio Mr. King, a guitarra Lucille autografada fica exposta numa redoma de vidro, logo na entrada da casa.
15. Teto folheado a ouro
O luxuoso The Blue Bar, no Itaim, convida os clientes a olhar para cima. Reluzente, o teto da casa é revestido por 90 metros quadrados de folha de ouro e levou 76 dias para ser concluído.
16. Marmita chique
Que prato que nada! Algumas sugestões que são servidas no restaurante Brasil a Gosto, no Jardim Paulista, chegam em marmitas estilizadas de cerâmica. Reforça o jeitão caipira o pano em que vêm amarradas antes de ir à mesa.
17. Muito axé sobre as cabeças
A brasilidade dá o mote da decoração do concorrido Eu Tu Eles, no Itaim. Num dos ambientes, veem-se 4.000 fitinhas do Senhor do Bonfim penduradas no teto. Compradas na região da Rua 25 de Março, elas foram presas uma a uma em linhas de náilon. Além de enfeitar, têm o propósito de trazer sorte à casa.
18. Cerveja no ofurô
Para refrescar loiras, ruivas e morenas etílicas, o trio de churrascarias Pobre Juan inventou um método original: põe as garrafas em uma tina japonesa para banho repleta de gelo.
19. Glamour em degraus
A chegada ao bar e à sala de espera do recém-inaugurado restaurante Clos de Tapas, na Vila Nova Conceição, é feita por uma bonita escada com vinte degraus de madeira encaixados em uma sinuosa estrutura de ferro.
20. Azulejos de grife
Uma das paredes do restaurante Dalva e Dito, no Jardim Paulista, tem azulejos com desenhos do artista plástico carioca Athos Bulcão (1918-2008), cujas obras ornamentam e revestem o melhor da arquitetura de Oscar Niemeyer em Brasília e em Belo Horizonte.
21. Direto na taça
Esqueça o garçom. De taça em punho, você mesmo pode se servir de vinho no restaurante Vinoteca & Sushi Empório Santa Maria, no Itaim. Escolha seu preferido entre as garrafas armazenadas em máquinas climatizadoras que mantêm inalterados brancos e tintos.
22. Bye Bye Brasil
Nascido em Taiwan, o já falecido artista Ling Hu Cheng pintava cartazes dos grandes cinemas do Centro. Seu último trabalho foi este painel do filme “Bye Bye Brasil” (1979), de Cacá Diegues, feito especialmente para o bar Exquisito!, no Baixo Augusta. A obra tem 7 metros de comprimento.
23. Meio século tirando chope
A mais antiga chopeira em funcionamento na cidade está no bar Dois Irmãos, no Campo Belo. Em março, a máquina da Brahma completa 53 anos de serviços prestados aos bons de copo. Com uma única torneira, ela trabalha ao lado de duas réplicas, fabricadas sob encomenda.
24. Um árbitro entre as mesas
Sócio e responsável pelo atendimento do restaurante Nou, em Pinheiros, Paulo Sousa arrepia nos gramados. Não, ele não bate um bolão, mas atua como árbitro da Federação Paulista de Futebol desde 2003. Já apitou pelo menos uma dúzia de partidas da primeira divisão de São Paulo.
25. Meu limão, meu limoeiro
Ao encontrarem o ponto do restaurante Limonn, no Itaim, os irmãos Christian e Carlos Burjakian preservaram apenas um pé de limão que havia no antigo imóvel. A árvore trintona fica na sala de espera ao ar livre, ocupada por fumantes e suas baforadas.
26. Luz negra
Depois de banir as faixas arroxeadas criadas por Ruy Ohtake para estampar as paredes do D.O.M., Alex Atala estreou novo décor no restaurante do Jardim Paulista em abril de 2010. A atração é um lustre de cristal Baccarat assinado pelo arquiteto e designer francês Philippe Starck.
27. Lava-rápido de motos em pleno salão
Este é o chamariz do Bar do Santa, na Vila Madalena, para atrair fãs de Harley-Davidson e outras ruidosas possantes. No meio do salão, há dois boxes de vidro, onde as belezinhas motorizadas levam um trato. A lavagem demora de trinta a quarenta minutos e custa 35 reais.
28. Da mesa ao teto
Confeccionados em algodão cru, os guardanapos da nova cantina La Grassa, em Moema, foram parar no forro da casa. Cerca de 1.500 deles estão pendurados numa treliça metálica. É impossível não notá-los.
29. Piano na parede
Reaberta em agosto depois de uma longa reforma, a cantina Famiglia Mancini, no centro, ganhou novo visual. Entre os elementos incluídos na babélica decoração, está um piano de cauda fixado numa das paredes.
30. Balcão de 1.060 isqueiros
Além de um invejável acervo de uísques, o São Pedro São Paulo, no Itaim, possui uma coleção de 1.060 isqueiros, expostos em um balcão com tampo envidraçado. Dos mais variados formatos, datam de 1920 a 1960 e funcionam com fluido de gasolina.
31. Lichtenstein autêntico
Atração do bar Balcão, no Jardim Paulista, este quadro de quase 4 metros de comprimento é, sim, uma gravura do americano Roy Lichtenstein (1923-1997), um dos papas da pop art. Criada em 1992, a obra se chama “Wallpaper with Blue Floor Interior” e foi comprada por um dos sócios da casa, em 2000.
32. Mantos históricos
Três queridos clubes paulistanos estão representados no boteco Veloso, na Vila Mariana. Os uniformes do Nacional Atlético Clube (da Barra Funda), do Juventus (da Mooca) e da Portuguesa são das décadas de 70 e 80 e foram comprados de colecionadores.
33. À meia-luz
Numa das paredes do Becco 388, em Higienópolis, chama atenção uma grande arandela de ferro pela qual se distribuem velinhas brancas que dão uma atmosfera romântica ao restaurante. É um convite ao namoro.
34. Microfone nostálgico
Para dar um toque especial aos shows, o intimista Casa de Francisca, no Jardim Paulista, utiliza este microfone, típico de estúdio de gravação. De alta sensibilidade, o aparelho fica pendurado no teto e propicia ares nostálgicos às apresentações.
35. Geladeira de copos
O Bomm Bar, na Mooca, leva a sério a máxima de que se deve servir o chope em copos previamente resfriados. Sobre o balcão, ao lado da chopeira, há uma geladeira de copos, calibrada em 2 graus negativos. Ela tem capacidade para 400 unidades.
36. Forro iluminado
Sentar-se sem olhar para o alto na mesa coletiva do P.J. Clarke’s, no Itaim, equivale a ir ao restaurante e não comer seu premiado hambúrguer. O teto é enobrecido por um vitral tirado de uma antiga mansão da Avenida Paulista, como conta a proprietária Maria Rita Pikielny.
37. Poltronas do Hotel Ca’d’Oro
O lounge JA 367, em Pinheiros, ostenta na decoração oito poltronas de couro de estilo chesterfield, que pertenceram ao Grand Hotel Ca’d’Oro. Foram arrematadas no leilão das peças do hotel, que fechou as portas em dezembro de 2009.
38. Touro ianque
A peça se destaca no Wall Street Bar, no Itaim. Sua inspiração é a famosa estátua de um touro, a Charging Bull, instalada na região do centro financeiro nova-iorquino. Esta é de fibra de vidro — e não de bronze, como a original, que pesa 3 toneladas.
39. Namoradeira no sobrado
Ainda que muita gente se amontoe na área ao ar livre da entrada do Carlota, em Higienópolis, enquanto aguarda uma mesa, vale a pena subir um lance de escada e ficar na sala de espera. Se estiver em boa companhia, aproveite para afundar na convidativa namoradeira.
40. Bótons na lapela
Quase tão lendário quanto o polpettone servido no Jardim de Napoli é o garçom Carlos Porfírio de Lima, que trabalha há trinta anos na cantina de Higienópolis. Além da simpatia, ele é conhecido pelos sessenta broches afixados em cada um de seus paletós. São mimos recebidos dos clientes.
41. Ambiente-surpresa no caminho do banheiro
Cheia de bossa, a salinha que antecede o banheiro do restaurante moderninho Brown Sugar é toda negra com uma parede espelhada. Para fazer um contraponto clássico, tem uma cadeira Luís XV vinda de um antiquário e assentada sobre um tapete de pele bovina.
42. Lustre de postais
O restaurante Nicota, em Pinheiros, tem sua mesa mais disputada sob uma luminária do designer alemão Ingo Maurer. O que torna a peça tão especial são os cartões-postais fixados em suas hastes, reprodução da correspondência original recebida no início do século passado por Ana Bueno Nogueira, bisavó da proprietária, Marisa Revoredo Campos.
43. A chopeira “de Itu”
Na região da Berrini, o bar Verissimo dispõe de uma chopeira inusitada: tem formato de tanque para cerveja, 2,50 metros de altura e 1,60 metro de diâmetro. “Possui efeito cenográfico”, diz o proprietário Marcos Livi. “Seu modus operandi é similar ao de uma boa máquina de tirar chope.”
44. Ao ar livre
Em dias ensolarados e noites de calor, o teto móvel da varanda na entrada do Le Manjue Bistrô, na Vila Nova Conceição, abre-se completamente, criando uma agradável sensação de liberdade. Não raro, come-se ouvindo o trinado de passarinhos.
45. Trilha sonora esperta
A atmosfera do bar SubAstor, na Vila Madalena, não seria a mesma sem a descolada trilha sonora, elaborada pelo DJ Felipe Venâncio. Muito rock, blues e jazz, em volume na medida para deixar o clima animado, saem das caixas de som. Rolling Stones, White Stripes, Herbie Hancock e Tim Maia costumam figurar na seleção.
46. Atmosfera praiana
Conseguir um lugar no pátio que fica nos fundos do Maní, no Jardim Paulistano, requer paciência ou chegar cedo ao restaurante. Com jeitão litorâneo, é a parte mais concorrida da casa.
47. Salão de cinema
Registrada pelas lentes do diretor Federico Fellini, a atriz Anita Ekberg desfila como uma sereia nórdica na Fontana di Trevi, em Roma. A cena antológica, transformada em um pôster gigante, estampa uma parede do La Dolce Vita, cujo nome foi emprestado de uma das obras-primas do cineasta italiano para batizar o restaurante na Villa Daslu.
48. Cadeiras de um mestre
O pequeno Cezano, no Jardim Paulista, se destaca na paisagem dos restaurantes paulistanos pela beleza de suas quarenta cadeiras Lucio. Produzidas com madeira e palhinha, levam a assinatura do mestre carioca Sergio Rodrigues.
49. Vai um saquê?
É assim, em trajes típicos orientais, que a bela descendente de japoneses Yasmin Yonashiro recebe a clientela no restaurante Kinoshita, na Vila Nova Conceição. Ela também é a sommelière de saquê da casa.
50. Gelos inventivos
Os drinques do MyNY Bar, no Itaim, surpreendem também pelos gelos utilizados pelo barman Marcelo Serrano. Usam-se até cinco formatos, como o cubo, o bastão, a esfera maciça e o meia-lua — esse último produzido por uma máquina japonesa.