Beatles: álbum de estreia Please Please Me completa 50 anos
Quando acabam de me conhecer e descobrem que eu cubro shows, logo perguntam qual é a minha banda favorita. Pensam que por eu ter de ouvir e conhecer muita coisa diferente, a resposta será inovadora e surpreendente. Um erro. Fujo do tipo de repórter de música que tem como ídolo algum grupinho da moda – […]
Quando acabam de me conhecer e descobrem que eu cubro shows, logo perguntam qual é a minha banda favorita. Pensam que por eu ter de ouvir e conhecer muita coisa diferente, a resposta será inovadora e surpreendente. Um erro. Fujo do tipo de repórter de música que tem como ídolo algum grupinho da moda – geralmente inexpressivo, criado no Brooklin (Nova York). É verdade, costumo dizer que sou um clichê. Desculpa Stones (<3), mas os Beatles são os meus favoritos e, hoje (22 de março de 2013), faz 50 anos que eles lançaram Please Please Me, álbum de estreia do grupo formado pelos quatro garotos de Liverpool: Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr.
Apesar de se tratar do primeiro disco dos Beatles, eles já acumulavam certa experiência pelas exibições para adolescentes no Cavern Club, em Liverpool, e por shows para executivos alemães em Hamburgo. A ideia inicial do produtor George Martin para esse trabalho era, devido à grana curta, fazer o registro ao vivo durante um show. Isso não aconteceu. O quarteto gravou dez músicas em uma única tacada de quinze horas no Abbey Road Studios e adicionou a elas quatro faixas dos seus dois primeiros singles, Love Me Do, P.S. I Love You, Please Please Me e Ask Me Why. Para editar e mixar o material foram mais dez horas.
A faixa que inicia o LP, I Saw Her Standing There (Lennon/McCartney), não poderia começar de maneira mais apropriada. Paul McCartney faz o que para alguns não passa de uma contagem exuberante nos moldes one-two-three-four. Mas a introdução, além de captar a essência de Please Pleas Me, desencadeia na atmosfera vibrante que percorre por todo disco, que chegou ao topo das paradas britânicas, mas não nas americanas – onde foi lançado com o nome Introducing The Beatles (sem as faixas Please Please Me e Ask Me Why). Como diz o livro que acompanha o box com a discografia completa dos Beatles em vinil, “a contagem de Paul McCartney não apenas introduz o álbum, mas anuncia o começo tardio dos anos 60 e da década musical revolucionária que reverbera até os dias de hoje”.
Desde então, diariamente somos agraciados com versões – algumas ótimas e outras péssimas – para canções dos Beatles. Confira casos bem-sucedidos e outro – o último – nem tanto:
With a Little Help from my Friends por Joe Cocker
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=KVyJVYWHJaY?feature=oembed&w=500&h=281%5D
For No One por Caetano Veloso
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=Dg1y0w4O4Aw?feature=oembed&w=500&h=375%5D
You’ve Got to Hide Your Love Away por Eddie Vedder
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=c8DaqgMPrmQ?feature=oembed&w=500&h=375%5D
Blackbird por Crosby, Stills & Nash
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=TxtWSg4JMD0?feature=oembed&w=500&h=375%5D
Let it Be por Nick Cave
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=z7mJUIrudgM?feature=oembed&w=500&h=375%5D
All You Need Is Love no filme Across The Universe
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=CyNVvTnXpLc?feature=oembed&w=500&h=375%5D
PREPARE-SE PARA ALGO DESASTROSO:
Hey Jude por Kiko Zambianchi
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=iTynRw_X81A?feature=oembed&w=500&h=375%5D