Imagem Blog

Terraço Paulistano

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas exclusivas sobre artistas, políticos, atletas, modelos, empresários e pessoas de outras áreas que são destaque na cidade. Por Humberto Abdo.

Mulheres trans criam serviço para facilitar mudança de nome e gênero no cartório

Cartilha PoupaTrans ensina passo a passo para driblar a burocracia no processo de retificação de nome ou gênero de pessoas trans e não-binárias

Por Humberto Abdo
Atualizado em 11 mar 2021, 13h41 - Publicado em 11 mar 2021, 13h28
A partir da esquerda, Júlia Clara de Pontes, Patrícia Borges e Bru Pereira, integrantes do coletivo Poupatrans.
A partir da esquerda, Júlia Clara de Pontes, Patrícia Borges e Bru Pereira, integrantes do coletivo Poupatrans. (Jéssica Mangaba/Divulgação)
Continua após publicidade

Três mulheres trans integram o coletivo PoupaTrans, que lança nesta quinta-feira (11) uma cartilha feita para facilitar o processo de mudança de nome e gênero em cartórios do estado de São Paulo. A iniciativa conta com ilustrações e tutoriais em vídeo do passo a passo para a alteração dos registros de pessoas transexuais e não-binárias, direito reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal em 2018.

A ideia surgiu após uma ocupação de quatro meses no térreo do Sesc 24 de Maio, onde foram atendidas mais de 300 pessoas trans entre os meses de outubro de 2019 e fevereiro 2020, instalado como parte da 21ª Bienal Sesc_Videobrasil.

“Nosso diferencial é que o projeto é feito por trans e para trans. Já existem alguns feitos por advogados, mas em uma linguagem muito difícil. Queríamos criar uma cartilha descontraída e bem ilustrativa”, resume a produtora e poeta Patrícia Borges. Também fazem parte do grupo a antropóloga Bru Pereira e a psicóloga Júlia Clara de Pontes. As ilustrações são assinadas por Rafa Canoba.

Antes da liberação do STF, quem quisesse alterar o nome ou gênero nos documentos de identificação precisava entrar com uma ação judicial. “Meu caso foi tortuoso e super difícil”, relembra Patrícia. “Eu dei entrada em 2013 e foi uma briga: tinha que apresentar dois anos de psiquiatra, consultas com psicólogo, endocrinologista e três cartinhas de pessoas que diziam quem eu era… Eu própria não era dona de mim.”

Segundo o coletivo, o processo ainda é considerado caro: atualmente, os cartórios exigem o pagamento de uma taxa que, em São Paulo, varia entre R$130,00 e R$140,00. Serviços feitos por terceiros chegam a cobrar até R$ 2 mil para conduzir o pedido. “O maior entrave é o valor da retificação”, opina Bru. “E o estado, apesar de garantir esse direito, exige que a pessoa vá atrás de várias certidões. Nem todas têm como pagar.”

Continua após a publicidade

+Assine a Vejinha a partir de 6,90

View this post on Instagram

A post shared by PoupaTrans (@poupatrans)

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.