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São Paulo nas Alturas

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura

#SPSonha: o Parque Augusta precisa de um projeto ambicioso

Espaço corre o risco de repetir a experiência decepcionante de áreas como o Largo da Batata e a Praça Roosevelt

Por Raul Juste Lores
Atualizado em 1 mar 2019, 06h00 - Publicado em 1 mar 2019, 06h00
Imagem aérea exibe planta do Parque Augusta.
Área que "abriga" o Parque Augusta: o que será do local. (Metro Arquitetos/Divulgação)
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Será que o futuro Parque Augusta repetirá a sina do Largo da Batata? Ou da Praça Roosevelt? São Paulo produz espaços públicos decepcionantes pela falta de ambição das autoridades que pagam a conta. O projeto de Gustavo Cedroni, do Metro Arquitetos, sugeria uma arquibancada para eventos musicais e até uma tentativa de recuperar um riacho que passa embaixo do terreno. Ativistas criticaram a proposta, querendo mais verde. Ainda não se sabe que cara a equipe da prefeitura vai dar ao local.

Proposta do Metro Arquitetos para o Parque Augusta
Proposta do Metro Arquitetos para o Parque Augusta: arquibancada com degraus para shows (Metro Arquitetos/Divulgação)

O “parque” nasceu de forma torta. Um terreno que abrigou uma escola até 1974 foi transformado em “reminiscente de Mata Atlântica”. Moradores de um dos metros quadrados mais valorizados da Pauliceia bateram o pé para que a prefeitura gastasse uma soma milionária para ganhar o seu verde. No raio de 1 quilômetro dali, existem o Trianon, o Mario Covas e as praças Buenos Aires e Roosevelt.

Proposta do Metro Arquitetos para o Parque Augusta
O projeto apresenta uma tentativa de recuperar um riacho que passa embaixo do terreno (Metro Arquitetos/Divulgação)

Vizinhos de áreas ricas conseguem essas benfeitorias. O MuBE, na Avenida Europa, surgiu assim. Quem mora no Pacaembu grita hoje pelo direito à sua piscina gratuita. Muitos frequentadores do Belas Artes querem dinheiro público para salvá-lo, na região mais bem servida de cinemas de rua da cidade. Como o orçamento público é finito, nossos engajados deixam para trás a periferia sem parque, cinema nem piscina.

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Imagem aérea exibe planta do Parque Augusta.
Área que “abriga” o Parque Augusta: o que será do local (Metro Arquitetos/Divulgação)

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 06 de março de 2019, edição nº 2624.

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