São Paulo nas Alturas

Por Raul Juste Lores

Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura

Cidades

Predinho na Vila Madalena se destaca por verde, azulejos e ausência de muros

As fachadas externas de grafite contrastam com as internas, revestidas por azulejos brancos e azuis

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Atualizado em 19 fev 2018, 15h16 - Publicado em 19 fev 2018, 14h59

Sem muros, nem grades ostensivas, este predinho na Vila Madalena tem bastante verde e uma praça semipública, quase ao lado do bar Astor. Tem espaço para lojas no térreo, animando a calçada, o que deveria inspirar outros construtores.

O Pop XYZ (2010-2016), entre as ruas Delfina e Arapiraca, fica em um terreno com desnível acentuado. A entrada pela Arapiraca fica 12 metros abaixo do acesso pela rua Delfina. Os 44 apartamentos são ligados entre oito pequenos blocos. A altura máxima ali é de 25 metros. É vizinho a outros 55 predinhos de um projeto de 1968 feito pela Cohab.

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As fachadas externas de grafite, onde ficam janelões e terraços para iluminar quartos e salas, contrastam com as internas, revestidas por azulejos brancos e azuis, onde ficam as janelas menores, dos banheiros.

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O prédio ficou pronto em 2016, e é projeto do escritório Triptyque. Criado em 2000, nasceu quando a paulistana Carolina Bueno convenceu três colegas da Escola de Arquitetura Paris-la-Seine a se mudarem para o Brasil (os franceses Greg Bousquet, Gui Sibaud e Olivier Raffaelli). Desde então, fizeram restaurantes, lojas, outros residenciais e retrofits nos dois lados do Atlântico.

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