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Por Matheus Prado
Matheus Prado é repórter de VEJA SÃO PAULO e já passou por veículos como Estadão, Folha de S.Paulo e UOL. Experimenta, neste blog, fazer coisas que nunca fez.
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Fui ver qual é a do rapel no Viaduto Sumaré

"Não dá para pensar muito na hora, mas a minha sensação foi de que a cidade parou por instantes, enquanto eu descia"

Por Matheus Prado
Atualizado em 14 jun 2019, 10h16 - Publicado em 14 jun 2019, 10h13

Existem duas reações possíveis para quem passa pelas avenidas Paulo VI ou Doutor Arnaldo, na altura do Viaduto Sumaré, e vê uma galera praticando rapel, slackline ou bungee jumping por ali. “Meu Deus, o que estes loucos estão fazendo” ou “que massa, bora experimentar”. Durante muito tempo fui membro catedrático do primeiro grupo. A ideia de me arriscar “desnecessariamente” era pouco atraente, pelo menos até estrear este blog.

Minha escolha pelo rapel foi eliminatória: o slackline requer treino prévio e equilíbrio e o bungee jumping pede um pulo de cabeça. Me pareceu óbvio no final das contas. Dentre as várias empresas que oferecem o serviço, selecionei uma aleatoriamente (vulgo a primeira que apareceu no Google) e combinei tudo com o instrutor pelo WhatsApp. Pensando nisso agora, talvez eu tenha pulado algumas etapas de segurança. Mas deu certo.

Fui durante a semana, à noite. Como de praxe, diversos grupos praticavam a atividade dos dois lados do viaduto. Encontrei minha galera e logo me explicaram o esquema. Fica um instrutor em cima do viaduto, um segundo desce com os iniciantes e um terceiro se mantém lá embaixo, no canteiro central da Paulo VI. Sem saber o que esperar da experiência, fiquei aliviado em ver que havia uma fila de três pessoas na minha frente.

Os arquétipos bem definidos dos presentes ajudaram a moldar minha experiência. Primeiro, uma moça com pavor de altura tentando, e não conseguindo, superar seu medo. Depois, um casal empolgado e experiente em esportes radicais. Me encaixei perfeitamente no meio desse espectro. Não estava empolgadão, mas, depois de olhar para baixo (uma altura de aproximadamente 28 metros) e não tremer, também não pensei em desistir.

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“A vista” não me assustou tanto como eu imaginei que iria (Matheus Prado/Veja SP)

Antes de realizar a atividade, me ensinaram a operar minimamente o equipamento. A corda fica presa ao viaduto e ao corpo dependurado. Com a mão dominante, posicionada atrás da bunda, controla-se a velocidade da queda. Enquanto há parede para apoiar os pés, deve-se manter as pernas ligeiramente abertas e esticadas, dando passos para trás enquanto se dá corda.

Já munido da parafernália adequada, saltei a mureta – bateu um medo absurdo durante 1,7 segundos – e me posicionei, já soltando o peso na corda, de costas para o distante chão. Fui dando corda aos poucos e acompanhando o movimento do corpo com pés. Essa parte é bem tranquila. Me senti o próprio Homem-Aranha, de Jorge Vercillo, andando no abismo.

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Quando a estrutura do viaduto acaba, sobra a corda. O instrutor, que fica ali no cangote o tempo todo, pediu que esticasse as pernas para frente e entrelaçasse as minhas com as dele. Continuei controlando a velocidade e apreciando a paisagem. Não dá para pensar muito na hora, mas a minha sensação foi de que a cidade parou por instantes, enquanto eu descia, ao longo de cerca de 15 minutos.

Voltaria? Em outro local. É legal descer no viaduto para se ter a experiência urbana, mas há lugares próximos de São Paulo mais adequados para a prática. Na Rapel SP, a descida acompanhada custa 59 reais e a monitorada (sem ajuda dos universitários), 45 reais.

 

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