Um papo com Yudi Tamashiro, o astro infantil do SBT, que ensaia “O Musical Mamonas”
O santista Yudi Tamashiro, de 23 anos, já foi astro do SBT com o programa “Bom Dia & Cia”. Além disso, canta, dança e diz mandar bem no hip-hop. Agora, ele tenta a sorte em “O Musical Mamonas”, que estreia em 11 de março no Teatro Raul Cortez. Yudi Tamashiro vai interpretar Bento, um dos cinco […]
O santista Yudi Tamashiro, de 23 anos, já foi astro do SBT com o programa “Bom Dia & Cia”. Além disso, canta, dança e diz mandar bem no hip-hop. Agora, ele tenta a sorte em “O Musical Mamonas”, que estreia em 11 de março no Teatro Raul Cortez. Yudi Tamashiro vai interpretar Bento, um dos cinco meninos que divertiram o Brasil com suas canções em 1995 e morreram em um acidente aéreo, no auge da fama, sete meses depois do lançamento do único álbum de estúdio. Atenção: os ingressos para “O Musical Mamonas” começam a ser vendidos nesta quinta (7) a R$ 120,00.
Você já apresentou programa, canta, dança e, agora, chega ao teatro. Como é fazer de tudo um pouco?
Cara, agora, vou ter a oportunidade de mostrar tudo que faço ao mesmo tempo e em poucas horas. Muito legal! Começamos a ensaiar ontem (na terça, 5 de janeiro) e já foram dez horas direto lá no Raul Cortez. Enquanto a gente fala, estou até colocando gelo no pé para aliviar um pouco a dor, entende? O José Possi Neto é um diretor muito sério. Então, ele chega e fala: “Vocês têm que fazer ou fazer. Todo mundo vai cantar, dançar e atuar”.
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E tem tudo a ver ser por causa dos Mamonas, não?
Comecei minha carreira como dublador dos Mamonas no programa do Raul Gil e, a cada semana, a gente inventava coisas diferentes para surpreender o público. Chegamos a construir uma Brasília amarela usando a estrutura de um triciclo, saca? Eu tinha uns 8 anos. Então, sempre fui fã, conheço as letras. Nessa época, eu dublava o Dinho e, no musical, fiquei o papel do Bento, mas a razão é óbvia. Só sobraria o japonês.
Mas você era muito pequeno quando os Mamonas apareceram…
Quando eu voltei para o Brasil, os Mamonas já tinham até morrido e meus pais nem faziam ideia de quem eram aqueles malucos.
Voltou para o Brasil? Onde você morava?
No Japão. Eu vivi lá do primeiro ano aos cinco de idade. Meus pais só esperaram eu deixar de ser um bebê mesmo para poder entrar no avião.
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Sua participação no reality show “A Fazenda”, em 2013, foi polêmica. Ali, você já tinha um personagem desenhado, como no teatro?
Para ser conhecido por um público adulto, eu tinha que ser eu mesmo, um cara que tem suas opiniões, suas revoltas. Todo mundo que entra em “A Fazenda” quer se redimir das m. feitas na vida, né? Eu nunca tinha feito m. e queria mostrar que não era mais o moleque bonzinho do programa infantil. Como o resto do pessoal era mais velho, a Rita Cadillac, a Scheila Carvalho, o Ivo Meirelles, essa indignação talvez tenha ficado mais forte para o telespectador.
Com o musical, você acredita que pode voltar à televisão?
Eu tenho o projeto de um programa que deve ir ao ar ainda esse ano. Não fechei com emissora alguma e nem sei ainda se vai ser em canal aberto ou fechado. Estamos correndo atrás de patrocínio. Vai ser um sitcom com uma pitada de reality show, sabe? O elenco vai ser formado pelos meus amigos, pela minha família, tudo com uma pegada forte de internet.
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Imagina, se você estiver lá no palco, no meu do musical, e alguém gritar “PlayStation!” na plateia… Você não pode se desconcentrar do personagem…
(Risos). Esse negócio não vai ter como evitar. Sei que vai ter uma galera lá já para gritar isso. Então, eu quero mais que gritem mesmo. Pode ser até que a PlayStation entre no time de patrocinadores do meu programa. Então, têm mais é que gritar, vai ser bom para todo mundo.
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