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“Love, Love, Love”: o amor em três tempos

Escrito pelo inglês Mike Bartlett, o drama, dirigido por Eric Lenate, mostra uma família desafiada pelas transformações políticas e comportamentais

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 27 mar 2018, 15h12 - Publicado em 27 mar 2018, 15h11
Débora Falabella, Augusto Madeira e Yara de Novaes, em 'Love, Love, Love': peça do inglês Mike Bartlett (Leekyung Kim/Divulgação)
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O calendário teatral de 2018 mal deu a largada e já é possível afirmar que o espetáculo Love, Love, Love terá presença garantida entre os melhores da temporada. Escrito pelo inglês Mike Bartlett, o drama, dirigido por Eric Lenate, mostra uma família desafiada pelas transformações políticas e comportamentais estabelecidas durante mais de quatro décadas.

Em 1967, Sandra (interpretada por Débora Falabella) visita o apartamento do namorado, o certinho Henry (papel do expressivo Mateus Monteiro). Seu interesse, porém, recai sobre o irmão dele, Kenneth (o ator Alexandre Cioletti), um jovem curioso diante da efervescência da época.

O tempo salta para 1990, e o casamento de Sandra e Kenneth (agora vividos por Yara de Novaes e Augusto Madeira) ameaça desabar. Além das suspeitas de infidelidade, os dois, típicos representantes da classe média, não conseguem dialogar com os filhos, Rose (Débora) e Jamie (Cioletti). Nos dias atuais, a solitária Rose, perto dos 40 anos, tornou-se uma musicista frustrada e, disposta a acertar as contas com os pais, convoca uma reunião.

A consistente dramaturgia e a direção atenta de Lenate esfacelam os clichês característicos das abordagens geracionais. O público se vê diante de personagens em conflito e identificáveis, que abrem espaço a uma oportuna revisão histórica e cultural. O diretor concentra o foco nos intérpretes e sur­preen­de no resultado extraído de cada um.

Débora se supera nas distintas composições da jovem Sandra e de Rose na adolescência e na fase adulta. No limite dos estereótipos, Alexandre Cioletti escapa ileso, assim como Madeira, muito bem como Kenneth. O grande destaque, no entanto, é Yara de Novaes, capaz de transmitir diferentes sentimentos como Sandra e, apoiada em sutilezas, divertir e incomodar o público em um desempenho marcante (130min). 14 anos. Estreou em 23/3/2018.

+ Teatro Vivo. Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460, Morumbi. Sexta, 20h; sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 50,00 (sex.) R$ 60,00 (sáb. e dom.). IR. Até 27 de maio.

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