Confeiteira Isabella Suplicy interrompe produção após caso de Covid-19
Com a adoção de regras de higiene ainda mais severas, a retomada das encomendas está programada para junho
Por Gabrielli Menezes
Com 25 anos de experiência no mercado de eventos, a confeiteira Isabella Suplicy, à frente da empresa de mesmo nome, costumava fazer cerca de três casamentos grandes por fim de semana. Com a pandemia, a demanda de grande volume foi substituída encomendas mais simples e pontuais. Na última segunda (18), porém, a profissional anunciou via redes sociais a suspensão temporária das atividades. O motivo foi um caso de coronavírus na equipe.
Pela minha consciência, enquanto pessoa e também como responsável por outras pessoas, preferi zerar tudo para, então, começar de novo. Se não, não iria conseguir dormir
Isabella Suplicy
“No início do isolamento, afastei os funcionários com mais de sessenta anos, pois são do grupo de risco, e dividi a equipe em duas. Uma parte estava trabalhando segunda, quarta e sexta. E a outra, terça, quinta e sábado. Como algumas pessoas não têm carro, reduzi a jornada para que ninguém pegasse transporte público no horário de pico. Dentro da cozinha, todos usavam máscara e luva “, relata a empresária. Mesmo com os cuidados, uma funcionária foi diagnosticada com a Covid-19.
Logo depois de a equipe ficar sabendo da notícia, que causou pânico generalizado, outros dois integrantes relataram calafrios e febre. “Nesse momento, tomei a decisão de fechar. Pela minha consciência, enquanto pessoa e também como responsável por outras pessoas, preferi zerar tudo para, então, começar de novo. Se não, não iria conseguir dormir“, afirma Isabella.
Com encomendas canceladas, a cozinha passou por uma higienização que impossibilita a circulação durante pelo menos 48 horas. Os confeiteiros também foram submetidos a testes da doença no Hospital Israelita Albert Einstein. Daniella, irmã de Isabella e sócia do negócio, também teve resultado positivo e passa por tratamento.
Para a retomada da produção, prometida até o momento para 1º de junho, a estratégia será adotar medidas mais severas. “Vamos medir a temperatura e pedir para que todos tomem banho ao chegar da rua. Se a gente não se conscientizar de verdade e quarentenar mesmo, parece que isso nunca vai acabar”, diz.
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