Atuando como protetora de animais desde 1996, Raquel Rignani, de 57 anos, começou ajudando um ou outro bicho abandonado, até que as tarefas foram crescendo. Desde 2007, ela é responsável por uma casa na Zona Sul onde vivem cerca de noventa felinos, quarenta deles de duas senhoras donas do imóvel, que a escalaram para pôr ordem no espaço.
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Ali, Raquel também abriga bichanos resgatados enquanto não consegue um novo lar para eles, e a manutenção do endereço é feita por meio de doações, usadas em despesas veterinárias e alimentícias. “Não sou colecionadora, quero doá-los”, diz. Por mês, consegue família para cerca de cinco bichos. Quando sabe de algum caso mais grave, ainda faz o serviço de “caçadora”, instalando armadilhas para pegar os mais doentes e ariscos.
Toda semana visita favelas para castrar até dez animais. Muita gente a procura para pedir ajuda. “Não dou conta, por isso estou tentando dar uma parada”, afirma Raquel, que divide um apartamento na Água Funda com seu marido e cinco gatos. “Mas é a melhor coisa que faço na vida.”