Um Método Perigoso
- Direção: David Cronenberg
- Duração: 100 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Canadá/Alemanha/Inglaterra/Suiça
- Ano: 2011





Resenha por Miguel Barbieri Jr.:
Diretor
de “Senhores do Crime” e “Marcas da Violência”,
entre outros bons trabalhos, o canadense
Cronenberg parte aqui para uma trama menos
explosiva na forma, mas igualmente intrigante.
Não é, contudo, um filme fácil de assistir e digerir.
Por vezes teóricos demais, os diálogos
cansam. Trata-se aqui da aproximação e do
rompimento dos dois mais famosos psicanalistas
da história: o suíço Carl Jung (1875-1961) e
o austríaco Sigmund Freud (1856-1939). Em
1904, Jung (papel de Michael Fassbender, de
“Shame”) decide tratar de Sabina Spielrein (Keira
Knigthley), internada num hospital psiquiátrico
de Genebra, utilizando o método da psicanálise
criado por Freud (Viggo Mortensen). Histérica
e tida como louca, essa judia russa se recupera,
ingressa na universidade e também se volta para
a psiquiatria — a mesma personagem foi
tema da fraca fita italiana “Jornada da Alma”
(2002). Dois anos depois do primeiro encontro
entre o médico e a paciente, Jung vai até Viena
discutir o caso dela e conhecer Freud. Entre
elipses, o roteiro, escrito por Christopher
Hampton (“Desejo e Reparação”) e inspirado numa
peça teatral de sua autoria, vai ainda enfocar
o romance velado de Jung e Sabina e as
desavenças entre os doutores. Estreou em 30/03/2012.