Radicado no Rio de Janeiro, o ator pernambucano Alexandre Lino desenvolve uma relevante pesquisa em torno de personagens ligados a sua região. O espetáculo Nordestinos, inédito em São Paulo, é um bom exemplo. O monólogo cômico O Porteiro, escrito e dirigido por Paulo Fontenelle, segue o caminho de um humor simples. Às vezes, no entanto, alcança uma reflexão sobre o cotidiano solitário dos migrantes empregados nos prédios de grandes cidades. Lino conquista a plateia como Waldisney, que comanda uma reunião de condomínio enquanto o síndico não aparece, se queixa da mulher brigona e relembra fatos familiares. Faz rir e até pode sensibilizar. A dramaturgia, porém, carece de situações diversificadas — o que deixa a peça sem surpresas e dependente da empatia do intérprete (60min). 14 anos. Estreou em 6/1/2018. Até 11/2/2018.
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