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O Inferno de Henri-Georges Clouzot

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Da Redação
Atualizado em 16 dez 2016, 18h59 - Publicado em 29 abr 2010, 12h50
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    • Direção: Serge Bromberg e Ruxandra Medrea
    • Duração: 94 minutos
    • Recomendação: 14 anos
    • País: França
    • Ano: 2009

    Em O Mamute Siberiano (2004), o diretor carioca Vicente Ferraz dissecava Soy Cuba, uma pérola do cinema soviético de 1963, para entender sua fracassada trajetória comercial. Praticamente os mesmos motivos movem a dupla de cineastas Serge Bromberg e Ruxandra Medrea no documentário francês O Inferno de Henri-Georges Clouzot. Interessa a eles descobrir o que teria acontecido a L’Enfer, o 11º longa-metragem do prestigiado realizador Henri-Georges Clouzot (1907-1977). Rodado durante três semanas de 1964, o trabalho não foi concluído, sumiu do mapa e virou lenda. Embora ainda colhesse elogios pelos formidáveis suspenses O Salário do Medo (1953) e As Diabólicas (1955), Clouzot atravessava um período de depressão. L’Enfer (O inferno), anunciada como uma das mais caras produções do cinema francês, seria a chance de sair do buraco emocional. Uma equipe de 100 pessoas, a presença das estrelas Romy Schneider (1938-1982) e Serge Reggiani (1922-2004) e a marcante locação na região de Cantal, no centro-sul da França, assinalavam uma obra-prima. Não foi bem assim. Depois de uma longa conversa com a viúva de Clouzot, Serge Bromberg teve acesso às dezesseis horas de filmagem. O espectador encontrará, portanto, a absorvente anatomia de um filme. Além de recuperarem e restaurarem as imagens originais (sem som), os documentaristas foram atrás de técnicos e atores que trabalharam ao lado de Clouzot, radiografado como um perfeccionista irascível e insone. O roteiro, depois adaptado por Claude Chabrol em Ciúme — O Inferno do Amor Possessivo (1994), enfocava o conturbado relacionamento de um casal (em preto e branco) e os delírios (coloridos) de ciúme doentio do marido. Clouzot experimentava aí sequências de apurado visual. No flerte com a arte cinética precursora do húngaro Victor Vasarely e de seu filho Jean-Pierre Yvaral, ele produziu cenas caleidoscópicas, texturizadas, e agora, felizmente, eternas para o público. Estreou em 07/05/2010.

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