O Fantasma da Ópera
- Direção: Harold Prince
- Duração: 170 minutos
- Recomendação: Livre
Resenha por Helena Galante
Quem não gosta de musicais tradicionais pode torcer o nariz para a nova versão de O Fantasma da Ópera e dizer que houve pouca evolução desde 2005, quando o espetáculo de Andrew Lloyd Webber estourou em São Paulo, com 880 000 espectadores em dois anos. Mas verdade seja dita: o dramão inspirado no romance de Gaston Leroux arrebata a plateia justamente por entregar a mesma fórmula traduzida para quinze idiomas e aplaudida por mais de 140 milhões de pessoas em 35 países. Estão lá as músicas já conhecidas (adaptadas para o português por Claudio Botelho), os cenários da Ópera de Paris no fim do século XIX, que enchem os olhos (impossível desgrudar a atenção do lustre, mesmo durante o intervalo entre os atos) e uma história de paixão bastante obsessiva mas sedutora. Abandonada pela mãe após ter nascido com o rosto deformado e criada nos bastidores do teatro, uma figura mascarada se apaixona por uma corista e decide transformá-la na próxima grande diva. Para viver os personagens principais, foram escalados dois nomes do universo da ópera. O tenor paulistano Thiago Arancam, que ficou doze anos radicado na Europa, onde construiu uma carreira sólida com mais de 600 apresentações, está ao lado da soprano Lina Mendes, a jovem Christine. Agradecida pelos ensinamentos de seu mestre, chamado então de “anjo da música”, a corista observa o temperamento do Fantasma mudar terrivelmente quando ela cai de amores pelo amigo de infância Raul (Fred Silveira). Composto de 39 atores e bailarinos, que usam mais de 230 figurinos e 111 perucas, o elenco encontra momentos de impacto nas cenas coletivas, como a da noite de Ano-Novo na escadaria da Ópera. Direção de Harold Prince (170min, com intervalo). Livre. Estreou em 1º/8/2018.
Na quinta (10), O Fantasma da Ópera completa um ano em cartaz. Com término previsto para dezembro do ano passado, a temporada foi prorrogada até março, depois junho e agora 29 de setembro. De 2005 a 2007, quando esteve pela primeira vez no Brasil, o musical bateu 880 000 espectadores. Confira os números atuais.
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- 50 reais é o preço da meia-entrada no setor mais econômico