Tão inacreditável quanto a precariedade do filme é seu sucesso mundial. Ele obteve a maior bilheteria de estreia de 2009 nos Estados Unidos. No Brasil, são mais de 3 milhões espectadores, colocando-o em sétimo lugar no ranking dos filmes mais vistos do ano. O fenômeno segue a toada de Crepúsculo, primeiro livro da série da escritora americana Stephenie Meyer, adaptado com sucesso de público no ano passado. Diretor de A Bússola de Ouro (2007), Chris Weitz tem pouco a fazer com um roteiro anêmico extraído do romance. Faltou garra, empolgação. Os fãs, porém, talvez nem notem a deficiência dos efeitos especiais e as atuações canastronas da protagonista Kristen Stewart e do jovem saradão Taylor Lautner. Mas quem liga para desempenhos e fi rulas visuais quando se está tomado pela embriaguez de um texto açucaradamente romântico? Na história, Bella (Kristen) faz 18 anos e percebe que seu querido vampiro, Edward Cullen (Robert Pattinson), se afastou dela. Motivo: ele quer protegê-la dos sanguessugas que o rodeiam. Jacob Black (Lautner), amigo de infância de Bella, percebe a vaga no coração da moça e decide conquistá-la. Num rola-não-rola assumidamente pudico, a fita demonstra sua vocação: ser um caça-níquel sem desfecho e destinado a uma sequência.
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