Holy Motors
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- Direção: Leos Carax
- Duração: 115 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: França/Alemanha
- Ano: 2012
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
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O francês Leos Carax, diretor bissexto, fez um sucessinho no início dos anos 90 ao rodar com sua então companheira, Juliette Binoche, o esquecível Os Amantes de Pont-Neuf. De lá para cá, dedicou-se a três curtas, um longa e um segmento do filme em episódios Tokyo! (2008). Em seu retorno às telas, traz uma tocante homenagem ao cinema e à arte da interpretação, feita de momentos ora sublimes, ora complexos — o que pode agradar à plateia ou afastá-la. Em um fabuloso tour de force, Denis Lavant dá vida a vários personagens no drama. Na pele de um ator, ele começa o dia como um milionário, daí se passa por uma idosa pedinte, transforma-se numa horrorosa criatura dos esgotos, faz um humilde pai zeloso, um velhinho à beira da morte… Dentro de sua limusine, tem um camarim para trocar de disfarce. Suas performances em lugares públicos, em geral, chamam atenção e dão ao protagonista a satisfação de (sobre)viver da profissão. Se muitas passagens, sobretudo na meia hora inicial, podem deixar o espectador sonolento, a fita estampa o talento do realizador em ao menos duas grandes cenas: a recriação da Pietà com uma modelo vestida de burca (papel de Eva Mendes) no lugar da Virgem Maria e um Cristo nu; e a tomada de Paris do alto da loja de departamentos Samaritaine. Com Michel Piccoli e a cantora Kylie Minogue. Estreou em 30/11/2012.