Escola do Rock, o Musical

Tipos de Gêneros dramáticos: Musical
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Resenha por Helena Galante

Quando qualquer artista faz um show, há um elemento invisível e ao mesmo tempo gritante em jogo: a presença. No espetáculo Escola do Rock, o Musical, é justamente a presença de cena dos atores que arrebata a plateia. Trata-se do maior elenco musical que já se apresentou em São Paulo — são 21 adultos e 42 crianças (elas se revezam nas seis sessões semanais) ­— e também um dos mais ritmados. A peça de Julian Fellows e Glenn Slater, com músicas de Andrew Lloyd Webber, é basea­da no filme homônimo de 2003, de Mike White. É difícil tirar da memória o papel do cantor e guitarrista que sonha em ser um astro vivido por Jack Black no cinema, mas o ator Arthur Berges constrói o folgado Dewey Finn com uma personalidade doce, sem perder aquela energia de monitor de acampamento infantil indispensável para o papel. Pressionado pelo aluguel vencido, entre outros boletos, o aspirante artista vai assumir a vaga de professor substituto em uma escola conservadora no lugar de seu melhor amigo, Ned Schneebly (Cleto Baccic, cuja transformação ao longo da trama tem um quê de catarse para quem abandonou o rock’n’roll depois da juventude). Os personagens não são exatamente originais: estão lá a diretora carrancuda Rosalie Mullins (vivida por Sara Sarres) e a namorada certinha Patty Di Marco (Thais Piza). Mas basta Finn encontrar os alunos e colocar instrumentos nas mãos deles para a plateia virar tiete. As crianças tocam de verdade, ao vivo, junto com a orquestra de nove músicos regida por Daniel Rocha, responsável também pela direção musical. No quesito sonoro, quem garante a grandiosidade do espetáculo também está invisível: são Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler, responsáveis pela versão brasileira das letras das músicas e do texto. Eles fazem a criançada cantar “manda se ferrar” contra o sistema, dando uma banana com os braços de forma inocente e provocativa como só meninos e meninas poderiam fazer. É uma rebeldia mirim revigorante (120min, com intervalo). Estreou em 15/8/2019.

 

 

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