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Era Uma Vez em… Hollywood

Comida & Bebida, Lazer & Cultura, Shows & Noite.

Por Gabriela Del'Moro
Atualizado em 24 out 2019, 12h56 - Publicado em 15 ago 2019, 06h00
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    Em 9 de agosto de 1969, a atriz Sharon Tate, mulher do diretor Roman Polanski, foi assassinada por integrantes da seita de Charles Manson. Grávida, ela tinha 26 anos e um filme seu, Arma Secreta contra Matt Helm, estava em cartaz. Sharon, interpretada por Margot Robbie, e Polanski são personagens reais e pano de fundo de Era Uma Vez em… Hollywood, o nono, brilhante e genial longa-­metragem de Quentin Tarantino, um dos únicos diretores americanos que conseguem imprimir uma marca autoral — ele, inclusive, faz autorreferência de sua obra em seu mais recente trabalho. Sharon e Polanski passam a ser vizinhos, em Los Angeles, de Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), esse, sim, o protagonista. Já na meia-idade e decadente, Dalton fez sucesso como caubói de um seriado de faroeste e, agora, é escalado para papéis de vilão — e só leva porrada. Recebe, porém, a proposta de um executivo (Al Pacino) para estrelar, na Itália, os famigerados spaghetti westerns. Seu dublê e motorista é também seu amigo: Cliff Booth (Brad Pitt) não leva desaforo para casa e resolve tudo na base da pancadaria — seu embate com Bruce Lee é uma das cenas mais divertidas. Aliás, não falta humor no novo Tarantino. Nem cinefilia. As referências são tantas que só o próprio realizador deve conseguir identificar todas. Há menções a séries, filmes, astros… E também a Manson e sua “família” de hippies, que viviam num rancho que, a certa altura dos 160 minutos, será investigado por Booth. Tarantino é igualmente fera em dois quesitos: na direção de arte, primorosa, que faz uma recriação impecável (e sutil) do fim dos anos 60, e na trilha sonora, contagiante, que mistura canções de Simon & Garfunkel, Joe Cocker, Aretha Franklin, Deep Purple, Rolling Stones com os “trilheiros” Ennio Morricone e Lalo Schifrin. Puro deleite para os ouvidos! Pitt está ótimo, mas, assim como um dublê, serve de escada para DiCaprio deitar, rolar e explicitar suas vertentes cômicas e dramáticas — uma atuação digna de indicação ao Oscar. Dos nove filmes de Tarantino, este é um dos mais completos, instigantes, originais e fascinantes — e vai reconhecer isso quem for cinéfilo de carteirinha. Direção: Quentin Tarantino (Once Upon a Time… in Hollywood, EUA/Inglaterra/China, 2019, 161min). 16 anos.

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