E Então Nós Dançamos
- Direção: Levan Akin
- Duração: 110 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: Suécia, Geórgia, França
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
É curioso que a Suécia tenha indicado ao Oscar 2020 um filme que se passa na Geórgia, país da ex-União Soviética. A explicação está na origem do diretor, Levan Akin, nascido em Estocolmo mas filho de georgianos. Também escrito por ele, o roteiro de E Então Nós Dançamos toca em um tema importante. Numa escola de dança típica, em Tiblissi, o jovem garçom Merab (Levan Gelbakhiani) sua a camiseta para ser escolhido para o corpo de bailarinos. A única ameaça talvez seja Irakli (Bachi Valishvili), o rapaz que veio do interior e caiu nas graças do rigoroso instrutor. O cotidiano de Merab se resume ao trabalho, ao balé e às conversas com a melhor amiga. Irakli, embora seja um rival, surge para dar um novo rumo à vida afetiva dele. O primeiro amor e o despertar da homossexualidade são tratados com delicadeza e verdade. A Geórgia faz fronteira com a Rússia e é vizinha da Chechênia, que prende, tortura e mata homossexuais. Além de ser um manifesto pela liberdade de expressão, o longa-metragem peita as tradições e o conservadorismo com classe. Direção: Levan Akin (And Then We Danced, Suécia/Geórgia/França, 2019, 113min). 14 anos. Estreou em 18/12/2019.