Direito de Amar
- Direção: Tom Ford
- Duração: 101 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2009
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Não dá para negar: é
cheia de charme a estreia na direção do estilista
americano Tom Ford. Inspirado num livro de
Christopher Isherwood (1904-1986), o mesmo
autor de Cabaret, ele traz à tona um drama refinado e elegantérrimo feito de enquadramentos
impecáveis e atuação no ponto certo do protagonista
— o inglês Colin Firth, premiado no Festival
de Veneza do ano passado e, pela primeira vez,
indicado ao Oscar de melhor ator. Professor de
inglês numa universidade de Los Angeles em
1962, seu personagem, o homossexual George Falconer, recebeu um telefonema estarrecedor:
Jim (Matthew Goode), com quem vivia há dezesseis
anos, morreu num acidente de carro. Mas
George, proibido pela família do amante, não
poderá comparecer ao enterro. Arrasado pela notícia,
precisa manter a cabeça erguida durante as
aulas. Ele encontra conforto nos braços de uma
amiga (Julianne Moore) e recebe atenção dobrada
de um jovem aluno (Nicholas Hoult). É no
encontro com esse último personagem que Tom
Ford extrai os melhores diálogos e os momentos
mais equilibrados de uma crônica de época por
vezes memorável. Estreou em
5/3/2010.