Com Amor, Van Gogh
- Direção: Dorota Kobiela, Hugh Welchman
- Duração: 95 minutos
- País: Reino Unido, Polônia
- Ano: 2016
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Os números impressionam e o resultado também. Para realizar Com Amor, Van Vogh, 125 artistas criaram 65 000 frames pintados a óleo. Tudo para reproduzir o estilo impressionista do grande pintor holandês Vincent van Gogh (1853-1890). Vencedor do prêmio do público de melhor filme de ficção na recente Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a animação merece, ao menos, ser indicada ao Oscar. Para sair do lugar-comum, os diretores e roteiristas Dorota Kobiela e Hugh Welchman tiveram uma ideia curiosa. Ao invés de uma cinebiografia, o roteiro parte de uma investigação. Na trama, um jovem chega a Auvers-sur-Oise de posse da última carta de Van Gogh. Faz um ano da morte do pintor e, em busca da verdadeira causa do suicídio dele, o moço procura as pessoas de seu convívio. Entre elas estão o doutor Gachet, que tratava as crises depressivas de Van Gogh, e sua governanta, Louise Chevalier. Além dos personagens, há cenários e ícones marcantes (como os girassóis) também presentes no filme. Van Gogh, criador de tantas obras-primas expostas em museus, certamente, aprovaria esse belíssimo trabalho em sua homenagem. Direção: Dorota Kobiela e Hugh Welchman (Loving Vincent, Inglaterra/Polônia, 2017, 94min). 12 anos. Estreou em 30/11/2017.