Cinquenta Tons Mais Escuros
- Direção: James Foley
- Duração: 118 minutos
- Recomendação: 16 anos
- País: Eua
- Ano: 2017
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Embora as bilheterias de Cinquenta Tons de Cinza tenham sido ótimas (só no Brasil foram mais de 6 milhões de espectadores), houve atritos na produção. A diretora Sam Taylor-Johnson e a roteirista Kelly Marcel pularam fora da sequência e, dois anos depois da estreia do primeiro episódio, chega às telas Cinquenta Tons Mais Escuros, segunda parte da trilogia extraída dos livros de E.L. James. James Foley, cineasta de certa expressão na década de 80, foi chamado para comandar a continuação da saga erótica de Christian Grey (Jamie Dornan) e Anastasia Steele (Dakota Johnson) e o resultado é… ordinário (!). A vantagem do original estava na proposta ousada de trazer para as novas gerações o controverso tema do sadomasoquismo. Tudo foi pelos ares. Com cenas de sexo comedidas (para fisgar plateias maiores), a história fica centrada no romance vaivém dos protagonistas. Grey, bilionário com inclinações digamos, peculiares, nas transas, decide resgatar o amor de Ana. Ela cai rapidinho na conversa irresistível do ricaço. Mas há duas pedras no sapato da “Cinderela”: uma ex-submissa de Grey, que surge como um fantasma nas ruas de Seattle, e Elena Lincoln (Kim Basinger), a pervertida amiga da mãe de Grey que o seduziu na adolescência. Os conflitos são resolvidos rasteiramente e, não raro, beiram o constrangimento. Dakota tenta dar credibilidade à personagem, mas o roteiro insiste numa Ana titubeante entre a razão e o desejo. Sarado e com visual repaginado, Dornan está mais sexy (de acordo com Grey), porém, nas cenas dramáticas, o ator tem a mesma expressão de uma porta. Estreou em 9/2/2017.