Aqueles que Ficaram
- Direção: Barnabás Tóth
- Duração: 83 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Hungria
- Ano: 2019
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Embora não seja perfeito, é compreensível que o húngaro Aqueles que Ficaram tenha conquistado uma das dez vagas na lista dos pré¬finalistas ao Oscar 2020 de melhor filme internacional. A Academia de Hollywood gosta de histórias ambientadas na II Guerra (ou no pós), e, aqui, a trama mostra os traumas de dois personagens depois dos conflitos (algo parecido se desenrola no russo Uma Mulher Alta, também pré-indicado ao Oscar). O ano é 1948 e, em Budapeste, Klara (Abigél Szõke), uma adolescente de 16 anos, vive com uma tia num mundo de ilusões. Sua tábua de salvação chega por meio de Aldo (Károly Hajduk), um ginecologista solitário de 42 anos. De tanto insistir, a garota passa a morar uns dias na semana na casa dele e, assim, se desenvolve uma relação entre pai e filha. Só que, aos olhos da sociedade, o relacionamento não é bem-visto. Se o diretor acerta na delicadeza e nas doses de melancolia, falha ao apresentar um cenário ameno do pós-guerra e de rasa densidade na vida dos sobreviventes do Holocausto. Direção: Barnabás Tóth (Akik Marad¬tak, Hungria, 2019, 83min). 12 anos. Estreou em 26/12/2019.