Annie, o Musical
- Direção: Miguel Falabella
- Duração: 160 minutos
- Recomendação: Livre
Resenha por Helena Galante
Pessimistas não têm vez na plateia de Annie, o Musical, espetáculo baseado na história em quadrinhos de Harold Gray que estreou na Broadway em 1977 e agora ganha uma versão adaptada e dirigida por Miguel Falabella. a carismática protagonista annie é uma garotinha ruiva de 11 anos que foi abandonada por seus pais quando ainda era bebê — mas nunca perdeu a esperança de encontrá-los. após uma seleção que mobilizou 3 500 crianças, foram escaladas para o papel principal três atrizes mirins: Luiza Gattai (confortável em sua primeira personagem depois de participar do The Voice Kids e abrir um canal de música cover no YouTube), Maria Clara rosis e Sienna Belle, ambas comoutras peças no currículo (extenso, acredite). Ponto alto da montagem, o coeso elenco infantil — composto de outras dezoito meninas, que se revezam no papel das demais órfãs — é bem ensaiadinho nas coreografias e impagável nas provocações à Senhora Hannigan. ranzinza e beberrona, a administradora do orfanato é vivida por Ingrid Guimarães. em sua estreia musical, ela hesita em alguns números cantados, porém fisga o público ao abraçar com gosto o papel da vilã e se divertir com suas maldades. Às vésperas do Natal, annie tenta fugir dos desmandos de Hannigan e, por sorte, acaba sendo convidada para passar uma temporada na mansão de Oliver Warbucks, milionário interpretado por Falabella, que começa a trama durão mas logo se encanta com a menina de cachos vermelhos. Golpe de misericórdia para derreter o coração das famílias: annie salva da carrocinha um cachorro (sim, de verdade), que ela decide apelidar de Sandy. Dois fofíssimos animais da raça podengo-português se alternam no palco e ganham muitos petiscos pelo bom comportamento (160min, com intervalo). Livre. Estreou em 30/8/2018. Até 16/12/2018.