A Festa de Despedida
- Direção: Tal Granit, Shayron Maymon
- Duração: 95 minutos
- País: Israel
- Ano: 2014
Resenha por Tiago Faria
Exibido no Festival de Veneza de 2014, o drama israelense escapa de uma armadilha típica de fitas sobre temas difíceis como eutanásia e Mal de Alzheimer: em vez de seguir a cartilha e apelar para um tom choroso, exageradamente deprê, o longa-metragem dirigido por Sharon Maymon e Tal Granit observa o cotidiano cinzento de um grupo de amigos, moradores de uma casa de repouso para idosos, com um fio de humor. A ousadia funciona graças ao ótimo time de atores veteranos, capaz de garantir credibilidade até aos momentos mais fantasiosos do enredo. No asilo em Jerusalém, o tempo é de despedida: não há mais esperanças para um dos moradores, preso a uma cama de hospital, em estado terminal. Para garantir a ele um morte rápida e indolor, seus colegas maquinam uma série de planos, mas chegam à conclusão de que seriam incapazes de colocá-los em prática. Com mania de criar traquitanas, Yehezkel (papel de Ze’ev Revach) resolve criar uma máquina de “auto-eutanásia”: ao clicar o botão, o paciente injeta no próprio organismo doses de um medicamento fatal. Quando os rumores sobre a invenção se espalha, mais e mais pessoas começam a se interessar pela ideia de adotar o método ilegal. Entre elas está a mulher do próprio autor da ideia, Levana (Levana Finkelstein), inconformada com os efeitos da fase final do Alzheimer. Estreou em 17/9/2015.