Não existe atriz de sua geração mais injustiçada na história do Oscar do que Glenn Close (foto). Três vezes indicada ao prêmio de melhor atriz e três de coadjuvante (por trabalhos notáveis como Atração Fatal e Ligações Perigosas), a estrela, de 71 anos, jamais ganhou a estatueta dourada e deve ter outra chance neste ano, após ser laureada com o Globo de Ouro. Seu desempenho em A Esposa é irrepreensível e o roteiro tem uma reviravolta de deixar a plateia surpresa. Numa cidade de Connecticut, em 1992, Joe Castleman (Jonathan Pryce) acorda com um telefonema. Escritor veterano, ele foi o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura e é convidado para a cerimônia e encontros em Estocolmo. Vai acompanhado da esposa, Joan (Glenn), e do filho (Max Irons). No mesmo avião em direção à Suécia encontra-se Nathaniel Bone (Christian Slater), um insistente repórter que pretende fazer uma biografia não autorizada do autor. O roteiro vai desfiando uma história de ressentimentos, mentiras e traições. Pryce faz ótima dupla com Glenn, que brilha como a mulher submissa que sabe a hora de sair da sombra e, aí, rouba a cena apenas com o rancor nos olhos. Direção: Björn Runge (The Wife, EUA/Inglaterra/Suécia, 2017, 100min). 12 anos. Estreou em 10/1/2019.