A Árvore dos Frutos Selvagens
- Direção: Nuri Bilge Ceylan
- Duração: 188 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: França, Turquia, Alemanha e Bulgária
- Ano: 2018
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Nuri Bilge Ceylan é o diretor turco de maior prestígio internacional. Já esteve nove vezes no Festival de Cannes e ganhou, em 2014, a Palma de Ouro pelo maravilhoso Winter Sleep. Após tantos acertos, o cineasta decepciona com A Árvore dos Frutos Selvagens. Os conflitos familiares, tema recorrente em sua filmografia, arrastam-se desta vez em três longuíssimas horas de duração. Sinan (Dogu Demirkol, na foto) terminou a faculdade, voltou para sua aldeia natal e quer ser escritor. Lá, reencontra a mãe, a irmã caçula e o pai, a grande pedra em seu sapato. Veterano professor, Idris (Murat Cemcir) aposta em corridas de cavalos e, por isso, vive endividado. Eles convivem entre atritos. O jovem protagonista não causa empatia devido a sua empáfia e soberba e, no frigir dos ovos, Ceylan quer mostrar que pai e filho são frutos do mesmo sistema. Afiado na direção do elenco, o realizador abusa do tempo em diálogos extensos e cansativos. Direção: Nuri Bilge Ceylan (Ahlat Agaci, Turquia e mais seis países, 2018, 188min). 12 anos. Estreou em 4/7/2019.