3º Festival Abril Para Dança

Tipos de Gêneros dramáticos: Dança
VejaSP:

Em sua terceira edição, o festival gratuito Abril para Dança reunirá dez coreografias em diversos espaços da cidade, de segunda (22) a domingo (28). A companhia goiana Quasar mostra pela primeira vez na capital Estou sem Silêncio, no Teatro João Caetano, na Vila Clementino, na sexta (26) e no sábado (27), às 21h, e no domingo (28), às 19h. A peça, com quatro bailarinas, trata da expressão feminina. Nos mesmos dias e horários, o Balé da Cidade volta a apresentar sua versão de A Sagração da Primavera, desta vez no Auditório do Ibirapuera. Do lado internacional, aparecem duas alternativas: a espanhola Iron Skulls Co., com Sinestesia, que mescla hip-hop e artes marciais, no Centro Cultural Olido, no centro, no sábado (27), às 21h, e no domingo (28), às 20h; e o espetáculo argentino Vistas I e II, duo com base em tango e dança contemporânea, no Teatro Martins Penna, na Penha, na sexta (26) e no sábado (27), às 20h, e no domingo (28), às 19h. Grátis.

+ Confira a programação completa:

A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA

Balé da Cidade de São Paulo.
O diretor artístico Ismael Ivo descreve assim a apresentação: “No espetáculo, a beleza proporcionada pela música de Stravinsky se introduz com uma suave chuva de pétalas de rosas. Em seguida, ocorre uma verdadeira tempestade de pétalas, num delírio incessante e incontrolável. Trata-se de uma metáfora e um alarme do desequilíbrio das condições ambientais. A coreografia se encaminha para um ritual coletivo, no qual cada membro se torna um veículo que expressa conflitos contemporâneos, desejos, aspirações, sensualidade e gênero. É o corpo tentando despertar seus instintos primários. Um ritual misterioso que busca a beleza, desejos, sensualidade e aspirações humanas.” 

| Auditório Ibirapuera. Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera (portões 1 e 3), Ibirapuera. Tel. 3629-1075. De 26 e 27, 21h. Dia 28, 19h. 14 anos.

AFETO – CAPÍTULO 1, LORCA
Cia. de Flamenco Ale Kalaf.

O corpo flamenco é barroco, sombrio, mutável, paradoxal, sensível ao jogo entre contenção e excesso, assertividade e mistério, luz e sombra. Corpo pelo qual circulam paixões e afetos, sintetizando contradições próprias da condição humana. O espetáculo aponta para uma relação entre o flamenco com o mundo dos afetos, para “uma experiência consigo e com o outro”.

| Centro Cultural OlidoAvenida São João, 473, centro. Tel. 3331-8399 e 3397-0171. Dias 26 e 27, 20h. Dia 28, 19h.

SINESTESIA
Iron Skulls Co.

O espetáculo espanhol representa um mundo pós-apocalíptico em que, por meio da dança experimental, se forma um grupo de sobreviventes que inicia uma viagem a uma zona segura. Hip hop, acrobacia e dança contemporânea se fundem para criar uma linguagem em que o humano e o animal se unem, convidando o espectador a um jogo de interferências sensoriais.

Centro Cultural Olido. Avenida São João, 473, centro. Tel. 3331-8399 e 3397-0171. Dia 27, 21h. Dia 28, 20h.

VISTAS I E II
A peça argentina busca se liberar da reprodução de motivos naturalistas, erradicar todo o ornamental e construir uma forma externa para um mundo interno. Desintegra o espaço concreto e rompe a perspectiva central em uma multiplicidade de pontos de vista. Um quadrado delimita o espaço de ação. Todas as proporções e medidas se remetem a ele por meio da utilização geométrica de seus lados, diagonais, perímetro, subdivisões; sempre em relação aos corpos e suas partes. O corpo e o espaço estabelecem e experimentam uma relação dialética, de tal maneira que o corpo é atravessado pelo espaço e o espaço é construído pelo corpo.

Teatro Martins Penna. Largo do Rosário, 20, Penha. Tel. 2295-0401. Dias 26 e 27, 20h. Dia 28, 19h.

SONS D’OESTE
Trupe Benkady.

O espetáculo experimenta timbres da natureza e une diferentes instrumentos de percussão. Proporciona uma conversa entre os ritmos e movimentos tradicionais da cultura africana mandingue, com ênfase nas etnias malinké, baga e sussu, da região da Guiné Conakry, reconhecida mundialmente por seus balés. Na cultura dessa região, a música e a dança fazem parte do cotidiano, com movimentos, cantos e ritmos específicos para cada ocasião social, como batismos, iniciações, casamentos e trabalho no campo.
| Teatro Zanoni Ferrite. Avenida Renata, 163, Vila Formosa. Tel. 2216-1520. Dias 26 e 27, 20h. Dia 28, 19h.

ESTOU SEM SILÊNCIO

Quasar Cia. de Dança.

Diferente de todos os trabalhos apresentados até hoje, a recente obra da companhia, inédita na cidade, reúne um elenco totalmente feminino, com quatro bailarinas. A inspiração surgiu a partir da coreografia Céu na Boca (2009), na qual existia um momento bem marcante, lembrado por quem assistiu, em que também quatro bailarinas se apresentavam com uma personalidade bem específica. Esta cena tinha um desfecho natural dentro da sua própria dramaturgia. A partir desta parte da coreografia, o novo espetáculo procura dar continuidade a essa cena marcante, criando uma obra inédita.

| Teatro João Caetano. Rua Borges Lagoa, 650, Vila Clementino. Tel. 5573-3774 e 5549-1744. Dias 26 e 27, 21h. Dia 28, 19h.

ATEMPORAL

Raça Cia. de Dança de SP.

“aTEMPOral”, novo espetáculo da companhia assinado por Jhean Allex, brinca com o tempo e homenageia o que é eterno, permanente e contínuo, como o amor e a força feminina. A trilha sonora é composta por canções nas vozes de Elis Regina, Elza Soares, Maria Rita, Marisa Monte, Ana Carolina e Maria Bethânia. Completa o espetáculo a remontagem de Cartas Brasileiras (2009), de Roseli Rodrigues, em que cartas de diferentes gerações são transformadas em poesia e dança, provando que o tempo não as afeta. 

| Teatro Alfredo Mesquita. Avenida Santos Dumont, 1.770, Santana. Tel. 2221-3657.  Dias 26 e 27, 21h. Dia 28, 19h.

 

CEBOLA – CASCAS DE UM TODO
Clarin Cia. de Dança convida Tulipa Ruiz

O espetáculo faz uma reflexão sobre os tipos de relacionamentos, utilizando a metáfora da cebola que faz alusão às varias camadas do amor. Acompanhado de canções da bossa nova e MPB, interpretadas por Tulipa Ruiz, trilha-se um caminho que busca no íntimo de cada pessoa lembranças de relacionamentos.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295, Lapa. Tel. 3864-4513. Dias 26 e 27, 21h. Dia 28, 19h.

ANONIMATO
Cia. Treme Terra.


Espetáculo de dança negra que revela situações do cotidiano brasileiro, bem como aspectos ligados ao soterramento e aniquilamento das memórias negras no seio de uma sociedade eurocentrada, marcada por um histórico secular racista e colonialista. De maneira poética, política e libertária, a obra aborda o genocídio étnico-cultural e suas consequências na vida social urbana e a não visibilidade de mestras e mestres da cultura popular.

| Teatro Flávio Império. Rua Professor Alves Pedroso, 600, Cangaíba. Tel. 2621-2719.  Dias 26 e 27, 20h. Dia 28, 19h.

Rosas Danst Rosas
Dentre Nós Cia. de Dança.

Em 1983, a coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker apresentou Rosas e Rosas, uma performance que desde então se tornou referência na história da dança pós-moderna. Rosas Danst Rosas se baseia no minimalismo iniciado em “Fase” (1982): os movimentos abstratos constituem a base de uma estrutura coreográfica em camadas, na qual a repetição desempenha o papel principal. A ferocidade desses movimentos é combatida por pequenos gestos cotidianos. “Rosas danst Rosas” é inequivocamente feminino. O esgotamento e perseverança que vêm com ele criam uma tensão emocional que contrasta fortemente com a estrutura rigorosa da coreografia. A música repetitiva e “maximalista” de Thierry De Mey e Peter Vermeersch foi criada concomitantemente à coreografia. Nesta remontagem, a companhia tem como ponto de partida a cidade de São Paulo e busca dialogar com o corpo, o tempo e o espaço, levando para áreas urbanas movimentos e dinâmicas para a cena, interpretados por 15 mulheres. 

Viaduto do CháDias 22 e 23, 12h30. 
Praça da SéDia 24, 12h30.

Avenida PaulistaDias 25 e 26, 12h30.

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