Polícia apura denúncia de homofobia contra loja de convites de casamento

Henrique Nascimento e Wagner Cardoso tiveram solicitação de orçamento negada pelo ateliê: “Não fazemos convites homossexuais”

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
24 abr 2024, 19h35

casal-homofobia-convite-casamento — Henrique Nascimento e Wagner Cardoso (Redes Sociais/Reprodução)

A Polícia Civil de São Paulo investiga uma denúncia de um casal que foi vítima de homofobia ao solicitar orçamento para fazer convites de casamento na loja Jurgenfeld Ateliê, do interior paulista.

O caso repercutiu nesta quarta-feira (24) após uma amiga de Henrique Nascimento e Wagner Cardoso realizar uma publicação na rede social X, antigo Twitter. O post inclui um print da conversa entre o casal e o ateliê, na qual a empresa nega o serviço: “Perdão pela demora. Peço desculpas por isso, mas nós não fazemos convites homossexuais. Seria bacana procurar uma papelaria que atenda suas necessidades”.

[HOMOFOBIA]
um casal de amigos meus, que está pra casar, compartilha sempre os momentos felizes conosco e desta vez chegou o momento de escolher os convites de casamento

Só que receberem de um fornecedor a mensagem de que “não fazem convites homossexuais”

Nos ajude a expor 🧵 pic.twitter.com/2EBVzQG7O8

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— irmã do litrinho (@litraooo) April 23, 2024

Em resposta, o casal lamentou a negativa do ateliê: “Expressamos nossa profunda insatisfação com a recusa para o nosso casamento, simplesmente por sermos um casal homossexual. Ficamos chocados e entristecidos ao sermos informados de que nossa orientação sexual era um motivo para negar nossos convites”.

Henrique e Wagner registraram o caso no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. Agora, a Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) dá prosseguimento as investigações, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

No Instagram, a loja se manifestou acerca da acusação. “Quem nos conhece de fato sabe que não se trata de homofobia ou qualquer tipo de preconceito, mas sim de princípios e valores”, escreveram.