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Lei obriga danceterias a instalar bebedouros para os clientes

Além de diminuir os efeitos do álcool, água deve minimizar os resultados do uso de drogas como o ecstasy

Por Juliana de Faria
Atualizado em 5 dez 2016, 19h24 - Publicado em 18 set 2009, 20h33

Quando sai para dançar, a estudante Raissa Golin passa longe de bebidas alcoólicas. Mesmo assim, ela acaba gastando um bom dinheiro nas baladas. Além da entrada – cerca de 20 reais, dependendo da danceteria –, ainda paga até 6 reais por garrafinha de água de 300 mililitros que bebe. “Tomo pelo menos duas”, conta. “Como essas casas costumam ser fechadas e muito quentes, não dá para ficar sem.” Uma novidade promete fazer Raissa economizar: no último dia 7, foi promulgada a lei que obriga casas noturnas paulistas a instalar bebedouros para seus clientes.

Apesar de ser uma boa notícia para baladeiros em geral, a lei, de autoria do deputado estadual Simão Pedro (PT), tem como alvo os usuários de ecstasy. Faz parte da controversa política de “redução de danos à saúde”, que pretende minimizar os efeitos do uso de drogas. O deputado conta que a idéia surgiu depois de receber a visita de mães de jovens viciados, há três anos. “Elas me disseram que seus filhos haviam sofrido overdose por não se hidratarem”, afirma Pedro. Segundo o médico Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), drogas sintéticas como o ecstasy provocam uma desidratação tão profunda que podem levar o usuário à morte súbita. “Beber água também é importante para diminuir o efeito do álcool”, diz Silveira. Por enquanto, a punição para quem desrespeitar a nova norma não foi estipulada. O prazo para a regulamentação é de noventa dias.

Uma das primeiras casas noturnas de São Paulo a se enquadrar foi o Vegas Club, na Consolação. “Quando ouvi falar no projeto, perguntei para mim mesmo por que não havia pensado nisso antes”, conta um dos proprietários, Facundo Guerra. “Acho que será um serviço elegante para meu público.” Já Marcelo Pettinati, dono do Clube Rec, no Itaim, afirma que sentirá no bolso o fato de os clientes poderem tomar água de graça. “Só aos sábados, vendemos 3 000 reais em garrafinhas”, diz. “No total, isso representa até 10% do nosso faturamento.”

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