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Margareth Henríquez, a face feminina do champanhe Krug

Presidente de uma das grifes mais badaladas da bebida francesa revela segredos borbulhantes dos seus rótulos

Por Arnaldo Lorençato
Atualizado em 5 dez 2016, 18h16 - Publicado em 22 fev 2011, 13h44

Presidente da casa Krug, produtora de alguns dos champanhes mais caros do mundo, a venezuelana Margareth Henríquez é a primeira mulher não francesa a assumir a direção de uma empresa de bebidas finas do grupo de luxo LVMH em território francês. Numa rápida passagem por São Paulo para a celebração de três anos do restaurante japonês Kinoshita, onde a Krug mantém uma das cinco salas exclusivas da marca no mundo, a executiva conversou com o editor de gastronomia Arnaldo Lorençato. Durante o encontro, na última quinta (17), Margareth falou do mercado brasileiro e das características dos champanhes Krug. Confira:

Veja São Paulo —
Por que o champanhe Krug tornou-se objeto do desejo entre os apreciadores de vinhos?

Margareth Henríquez — Desde que fundou a maison, em 1843, Joseph Krug tinha como meta elaborar o melhor dos champanhes. Deveria atingir uma qualidade inquestionável, que não variava de um ano para outro. Mirava o topo e queria fazer uma bebida de alto nível, num momento em que muitas casas de champanhe estavam surgindo. Conseguiu isso ao fazer um blend de champanhe vinificado em diferentes anos, metodologia empregada até hoje. Só nos champanhes safrados usamos uvas colhidas num mesmo ano. Isso criou uma imagem de que Krug é apenas para grandes entendedores, uma bebida complexa e difícil de entender. Depois que uma pessoa prova Krug, sabe que vale cada centavo.

Veja São Paulo — Os preços dos diferentes rótulos de Krug variam bastante — vão, em média, de 850 a 15.000 reais. Há uma diferença de qualidade entre eles?

Margareth Henríquez — Não, não temos champanhes tops. Todos os rótulos Krug têm a mesma qualidade. A variação de preço se dá por causa da escassez de alguns deles. Do Krug Clos d’Ambonnay 1995, cujas uvas pinot noirs vêm de um vinhedo muito pequeno, são produzidas apenas 1.500 garrafas a cada safra. E não lançamos todos os anos. Só os melhores. Por isso, tem um preço elevado. Para elaborar o Grande Cuvée (mais barato dos champanhes Krug) em cuja rolha se encontra o ano 2008, emprega-se um longo processo. A colheita foi feita em 2003. Depois de vinificadas as uvas, misturamos à bebida uma seleção entre 120 e 150 vinhos, o mais antigo deles de 1988. O engarrafamento foi feito em 2004 e só agora está disponível no mercado.

Veja São Paulo — De qualquer forma, o Krug Clos d’Ambonnay é, digamos, a joia da coroa, se a senhora prefere assim. Como é o mercado brasileiro para a Krug?

Margareth Henríquez — Embora o Brasil não esteja entre os dez maiores importadores de nosso champanhe — o posto de número 1 pertence ao Japão —, é um mercado de grande interesse. Há muito espaço para crescer.

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