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Dez dicas essenciais para fazer sua startup decolar

José Ricardo de Bastos Martins, da Associação Brasileira dos Agentes Digitais, revela quais pontos o empreendedor deve ficar atento ao apresentar projeto a um investidor

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h32 - Publicado em 26 out 2015, 12h36

Em 1998, nos Estados Unidos, o Rabino Yaacov Deyo, e sua mulher, Sue Deyo, criou uma maneira peculiar para jovens judeus conquistarem suas pretendentes. Batizada de speed dating, a prática reunia pessoas solteiras que tentavam conquistar sua alma gêmea movendo-se de mesa em mesa e apresentando-se dentro de um tempo cronometrado. Mais de quinze anos e a prática passou a ser utilizada no mundo corporativo. Hoje em dia, eventos em que as startups são convidadas a se apresentar a potenciais investidores dentro de um tempo exíguo e rigidamente cronometrado são umas das principais formas que essas empresas têm para buscar acesso ao tão sonhado primeiro investidor.

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Assim como na vida sentimental, é preciso tomar cuidado na hora de negociar o aporte de capital para não comprometer a relação, levando em consideração aspectos emocionais e jurídicos. José Ricardo de Bastos Martins, sócio da área de fusão e aquisição do Peixoto & Cury Advogados e presidente do comitê de empreendedorismo da ABRADi (Associação Brasileira dos Agentes Digitais) dá dez dicas para que o casamento entre startups e investidores seja um sucesso. Confira:

1) Cuidado com o valor atribuído ao seu negócio. Um dos grandes riscos nesse momento é não saber resistir à tentação de oferecer muito por pouco. É preciso ter sangue frio.

2) Atenção às condições que estão sendo impostas para a entrada do investidor. Tão perigoso quanto entregar muito por pouco é dar a ele direitos que possam engessar a gestão ou estratégia do seu negócio.

3) Atenção com a assinatura de documentos preliminares e acordos de confidencialidade. Muitas vezes esses documentos contêm cláusulas perigosas que passam despercebidas na fase preliminar das conversas, mas podem gerar algum tipo de contratempo lá na frente (por exemplo, a proibição de negociar com outros potenciais investidores por um certo período).

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4) Cuidado com as informações que você vai disponibilizar durante os estágios preliminares da negociação. Lembre que às vezes nem mesmo um bom Acordo de Confidencialidade poderá protegê-lo, dependendo do estágio e das características do seu negócio. Quanto mais embrionário, maior o risco. Muitas vezes, o que há é uma ideia sendo colocada em prática, ainda não devidamente protegida pelos mecanismos tradicionais, de forma que a sua mera revelação a terceiros pode colocar o negócio em risco.

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5) Exija de quem vai entrar no negócio mais do que apenas dinheiro. Lembre que o investidor pode trazer muito mais do que recursos financeiros para o negócio e isso deve, inclusive, ser pesado na hora de escolher com quem você vai se associar. Nesse sentido, é preciso conversar – muito – com aqueles que estarão diretamente envolvidos na gestão do seu projeto. Essa é uma exigência quase unânime de qualquer investidor: passar a ter algum papel na gestão. Isso pode ser ótimo, se você souber de fato qual o perfil da pessoa e/ ou do investidor por trás dela e estiver alinhado com ele. Porém, do contrário pode virar um pesadelo.

6) Seja o primeiro a conhecer as fraquezas do seu negócio. Ou seja, evite o dissabor e o desperdício de oportunidade de ouvir pela primeira vez da boca do próprio investidor que a sua empresa padece de certos problemas e riscos. Faça a lição de casa. Conheça profundamente seus trunfos e fraquezas. Isso aumentará não só as chances de sucesso, mas demonstrará para o outro lado que você tem o negócio realmente sob controle.

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7) Caso sua empresa tenha mais de um sócio, tenha certeza de que todos os pontos pendentes entre os fundadores foram devidamente conversados e alinhados antes de sentar com qualquer investidor. Lavar a roupa suja ou descobrir que as visões dos fundadores sobre o negócio não estão tão alinhadas assim na frente do potencial investidor é imperdoável.  

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8) Procure entender exatamente o que aquele potencial investidor com quem você está prestes a conversar poderia razoavelmente esperar do seu negócio. É preciso se colocar no lugar de quem está do outro lado da mesa, entendendo suas expectativas e preocupações. Perguntas como: em quanto tempo haverá o retorno do investimento, qual a estratégia de saída do investidor… são legítimas e é recomendável pensar sobre elas antes mesmo de iniciar qualquer conversa.

 9) No caso de projetos com alto componente de inovação, como é o caso de muitas startups, é comum nos deparamos com potenciais investidores apaixonados, porém céticos sobre a real viabilidade do negócio. Se possível, procure ter à mão parceiros que possam ser indicados para referendar aquele novo modelo. Ajuda muito escutar isso de uma fonte isenta.

10) Não deixe de consultar um advogado na fase preliminar das conversas. Um simples bate-papo pode abrir seus olhos para diversos aspectos que ajudarão a chegar mais forte numa negociação.

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