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Aumenta o número de homens que fazem depilação

Público masculino recorre à ferramenta para combater visual à la Tony Ramos

Por Camila Rossi
Atualizado em 5 dez 2016, 15h25 - Publicado em 29 nov 2013, 16h00

Pedras lascadas eram usadas na pré-história para raspar os pelos dos homens das cavernas. No Egito antigo, elas foram substituídas por navalhas, comuns até o século XIX. Em 1901, o empresário americano King Camp Gillette trouxe um pouco mais de civilidade à operação ao inventar a primeira lâmina descartável, informalmente batizada com seu sobrenome. Barbeadores elétricos ficaram populares a partir dos anos 60. Mas eles não esgotaram a cota de novas tecnologias na área. Agora, a depilação, rotina entre atletas de alta performance há décadas, vem se tornando uma ferramenta para o público masculino combater aquele visual, digamos assim, à la Tony Ramos.

Na maior parte das vezes, o processo é realizado com laser, de forma menos indolor, a preços a partir de 500 reais por sessão de dez minutos (uma minoria de valentes encara ainda a cera fria ou quente, velha conhecida de muitas mulheres). Em São Paulo, consultórios dermatológicos e clínicas de estética registraram um aumento de 30% no número de clientes em busca do tratamento nos últimos dois anos. Depois do rosto, o tórax e as costas ocupam o topo na lista de áreas mais raspadas nesses endereços especializados. A Doux, na Vila Nova Conceição, e a Sthetica, no Campo Belo, atendem até cinquenta pessoas por mês. “Cresceu a procura por todos os procedimentos, incluindo os de efeito prolongado”, diz a dermatologista Silvia Zimbres. Ela se refere a serviços como um tipo de depilação da barba a laser, cujo resultado dura até dois anos.

Homens de 25 a 35 anos de idade são os mais assíduos, mas adolescentes também adotam a prática. Entre os que procuram eliminação duradoura, o pescoço é o alvo principal. “Nessa região,a depilação domiciliar facilita o aparecimentode infecções, que podem evoluir para abscessos e cistos”, afirma a dermatologista Inaê Cavalcanti. O caso se agrava nos homens que usam camisa de colarinho justo. “Eu fazia a barba diariamente com lâmina e vivia com apele irritada. As sessões com laser solucionaram o problema”, conta o farmacêutico Marcelo Roschel. Após reduzir o volume no pescoço, ele iniciou outro tratamento, desta vez para eliminar os pelos do rosto. “Sofri para depilar o queixo e o entorno dos lábios, mas o processo é rápido e valeu a pena”, completa.

O receio de sentir dor é comum. Para se livrar dos pelos no peito, o auxiliar de marketing Julio Ono encarou a cera quente. “Fiz uma única vez, o suficiente para não repetir”, conta. Depois do trauma, ele passou a raspar com lâmina, opção praticamente indolor. Até que no ano passado, após um tratamento com laser para melhorar cicatrizes causadas pela acne, sentiu na própria pele que dali poderia vir a solução. Eliminou não só os pelos do tórax mas também os do rosto e do pescoço. “Só optei por essa alternativa porque sabia que não doía”, confessa. A evolução da tecnologia teve grande peso para a disseminação da depilação entre os machões. “Hoje em dia, os procedimentos são rápidos e a dor é bem suportável”, explica Silvia.

Outra variável que influenciou no aumento da procura é a atual baixa popularidade dos peitos cabeludos.“Entre os mais jovens, há uma moda crescente do corpo raspado”, afirma o dermatologista Fernando Macedo. Grande parte deles assume sem problemas que a escolha está associada à estética. “Minha namorada aprovou o visuale os amigos pararam de pegar no meu pé por causa da quantidade de pelos”, brinca o empresário Giovanni Lucatti, que fez a depilação no tórax e nas costas no início do ano.

 

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Pelas barbas…

As diferenças entre os procedimentos disponíveis no mercado

 

Cera fria

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Prós e contras: dolorido; aplicada em áreas não muito extensas do corpo; realizada uma vez por mês, no mínimo

Preço: De 9 a 20 reais

 

Cera quente

Prós e contras: dolorido; tem de ser feita uma vez por mês, em média

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Preço: De 30 a 60 reais, dependendo da região do corpo

 

Cremes depilatórios

Prós e contras: método praticamente indolor; requer vários retoques ao mês

Preço: De 10 a 25 reais

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Depiladores elétricos

Prós e contras: dolorido; requer retoques a cada duas ou três semanas

Preço: De 70 a 1 000 reais

 

Lâminas e aparelhos de barbear

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Prós e contras: praticamente indolor; ruim para quem tem tendência a apresentar pelos encravados; exige retoques diários com frequência

Preço: De 5 a 150 reais, dependendo do modelo

 

Laser

Prós e contras: pouco dolorido; elimina 80% dos pelos de forma prolongada; requer cerca de seis sessões e manutenção após dois anos; tratamento bem mais caro que os demais

Preço: De 500 a 1 200 reais por sessão, dependendo da região do corpo

 

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