3 perguntas para… Rita Lee
Na sexta (5) e no sábado (6), Rita pega a Marginal Pinheiros rumo ao Credicard Hall
Já cantada por Caetano Veloso como a mais completa tradução da cidade, Rita Lee mudou-se há três anos de seu apartamento no Morumbi para uma casa na Granja Viana, em Cotia. Com 62 anos completados no último dia 31 de dezembro, ela sai pouco de lá, e quando isso acontece normalmente é para fazer shows. Na sexta (5) e no sábado (6), Rita pega a Marginal Pinheiros rumo ao Credicard Hall. Desde 2003 sem lançar um disco com canções novas, a roqueira explora seu farto repertório de sucessos, caso de Ovelha Negra, Chega Mais, Baila Comigo, Lança-Perfume…
Seu último trabalho de inéditas é de 2003. Você passou a compor em um ritmo mais lento ou está escondendo o jogo? O que não me falta são inéditas. Estou gravando em casa, mas não tenho a menor pressa em lançar nada.
Alguns artistas têm uma convivência ambígua com os próprios sucessos. Sabem que a plateia quer ouvi-los, mas preferiam mostrar coisas novas. Como é sua relação com as músicas já cantadas milhares de vezes? Hay que tener los hits mais conhecidos, caso contrário não me deixam sair do palco. Quando ouço as pessoas cantando junto, dá um tesão danado. Mas também acho importante oxigenar os arranjos ou fazer inclusões inesperadas no repertório.
Há três anos você mora fora do burburinho. Vem muito à cidade ou prefere que as pessoas lhe façam uma visita? Ando com muita preguiça de sair da minha casinha no mato, onde vivo cercada de verde, de bichos, da minha horta, de orquídeas e de outras maravilhas, como a minha neta Ziza (filha de Beto Lee), de 4 anos.