Três comédias para garantir a diversão no final de semana
Não vou cair no clichê de dizer que nessa fase barra-pesada dar umas boas risadas é sempre o melhor negócio. Não, tem outras coisas bem legais que se pode fazer… Mas se você procura diversão, vou dar três sugestões de comédias em cartaz na cidade que funcionam como um bom alívio para o que anda rolando […]
Não vou cair no clichê de dizer que nessa fase barra-pesada dar umas boas risadas é sempre o melhor negócio. Não, tem outras coisas bem legais que se pode fazer… Mas se você procura diversão, vou dar três sugestões de comédias em cartaz na cidade que funcionam como um bom alívio para o que anda rolando por aí. Para mim, pelo menos, funcionou.
A primeira é “Histeria”, peça escrita pelo inglês Terry Johnson e dirigida por Jô Soares, em cartaz no Tuca de sextas a domingos, com ingressos entre R$ 50,00 e R$ 80,00.
Eis uma comédia fina, no melhor sentido da palavra. Jô prega uma pertinente cilada no respeitável público ao propor uma história cheia de situações engraçadas, mas que também provoca a plateia durante mais de duas horas, duração incomum para o gênero. Temas como intolerância política e religiosa, feminino e até depressão servem de pano de fundo para uma história repleta de absurdos.
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Em 1938, o psicanalista Sigmund Freud (interpretado por Pedro Paulo Rangel) enfrenta um câncer terminal e fixou residência em Londres para buscar um pouco de sossego. A visita do pintor espanhol Salvador Dalí (o ator Cassio Scapin) e de uma amalucada garota (papel de Erica Montanheiro) atrapalham os seus planos. O ator Milton Levy completa o elenco.
Uma agradável surpresa foi assistir ao espetáculo “Jogo Aberto”, dirigido por Isser Korik no Teatro Folha. Escrita pelo americano Jeff Gould, a boa comédia mostra um grupo de casais amigos que marca um jantar para tomar uns drinques e bater papo. Só que todo mundo está bem à flor da pele, cheio de problemas e, naquele dia, nada parecer dar certo.
Ricardo Tozzi interpreta um executivo flagrado numa traição pela sua mulher (personagem de Guta Ruiz). Tania Khalill é uma massagista resistente aos avanços do marido (vivido por Alex Gruli). Por fim, Natallia Rodrigues representa uma advogada controladora casada com um profissional da informática (papel de Pedro Henrique Moutinho).
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A bebida começa a subir para a cabeça e, de repente, um deles sugere uma troca de casal. Xi… Pode parecer uma grande bobagem, não? Só que o texto caminha por uma interessante leitura dos relacionamentos e duas atrizes – Guta e Natallia – se sobressaem no time. Resumo: uma boa peça “comercial”, divertida e capaz de plantar algumas minhocas na sua cabeça. Ingressos a R$ 30,00 e R$ 50,00.
E já que fugi do clichê lá no início desse texto, agora eu vou me jogar no maior deles quando se fala de uma boa comédia nos palcos paulistanos. Sucesso há 30 anos, “Trair e Coçar… É Só Começar”, de Marcos Caruso, ocupa o Teatro Bibi Ferreira, de sextas a domingos.
Na trama, uma empregada doméstica (papel de Anastácia Custódio) envolve seus patrões e dois casais em inúmeras confusões devido a uma suspeita de adultérios múltiplos.
+ Leia entrevista com Anastácia Custódio.
Os atores Ivan de Almeida, Carla Pagani, Tânia Casttello e Miguel Bretas, entre outros, estão no elenco. Diversão que não costuma falhar. Ingressos a R$ 60,00 e R$ 70,00.
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