Os 6 fatos que mais marcaram os atos de 13 de março
13 de março de 2016 em São Paulo ficará marcado como a data do maior ato político do país, superando até o movimento das Diretas Já. Marcado para as 15h, o protesto contra a corrupção e em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff já tinha milhares de pessoas na Avenida Paulista de ponta a ponta desde […]
13 de março de 2016 em São Paulo ficará marcado como a data do maior ato político do país, superando até o movimento das Diretas Já. Marcado para as 15h, o protesto contra a corrupção e em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff já tinha milhares de pessoas na Avenida Paulista de ponta a ponta desde às 11h.
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1. Número de participantes
Por volta das 16h, quando o ato atingiu seu auge, a estimativa do Datafolha era de 500 000 pessoas reunidas. Nos protestos de março do ano passado, o instituto indicava a reunião de 210.000 pessoas.
Segundo o movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores do evento, 2,5 milhões de pessoas estiveram na Paulista. O cálculo da Polícia Militar estima 1,4 milhão de participantes.
2. Adesão de celebridades de primeiro escalão
Em meio a faixas e cantorias nos protestos, chamou a atenção a presença de famosos. Entre os que foram às ruas em São Paulo e no Rio de Janeiro estão o chef Henrique Fogaça, jurado do MasterChef, mais os atores Tiago Abravanel, Luana Piovani, Juliana Knust, Márcio Garcia, Malvino Salvador e Juliana Paes.
Outras celebridades de primeiro escalão usaram as redes sociais para fazer manifestações políticas. Foi o caso do chef Alex Atala, do ator Caio Blat e a empresária Lala Rudge.
3. O protesto dos bonecos
Bonecos e objetos que fazem alusão aos políticos e envolvidos na operação Lava-Jato estavam entre os mais exibidos pelos manifestantes. O personagem favorito é Newton Ishii, intitulado popularmente como “japonês da federal”. Em Maceió, manifestantes criaram o boneco “jararaco”, com cabeça de Lula e corpo de cobra.
É um referência ao discurso do ex-presidente do qual ele disse, por ocasião da condução coercitiva, que, se queriam matar a jararaca, acertaram o rabo e não pisaram na cabeça.
Um mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, também apareceu na Avenida Paulista com o rosto da presidente Dilma. Lula Pixuleco e Dilbandida, dois clássicos das manifestações antiPT, também estavam lá, claro.
4. Opositores vaiados
Marta Suplicy deu entrevista em frente à FIESP e foi hostilizada. Foram ouvidos gritos de ‘fora PT’ e ‘minha bandeira nunca será vermelha’, apesar da candidata não fazer mais parte do partido e ser filiada ao PMDB/SP. Um segurança da FIESP informou que ela saiu escoltada.
+ Marta Suplicy é hostilizada em protesto
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, foram hostilizados neste domingo ao chegar à manifestação contra o governo Dilma Rousseff na Avenida Paulista.
Algumas pessoas gritaram “oportunista”, enquanto eles passavam em meio à multidão. A dupla tucana chegou ao protesto de van, saída do Palácio dos Bandeirantes, e discursaria no carro do Movimento Brasil Livre (MBL). Dada a reação dos manifestantes, os dois acabaram desistindo da ideia e permanecendo na ala vip do MBL.
5. Juiz Sérgio Moro aplaudido
Cartazes, faixas e gritos elogiavam o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução da Operação Lava-Jato.
Em nota publicada após o fim das manifestações em todo o Brasil, ele pediu que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas. “Se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne”
6. Mobilização em cidades palco de escândalos
No Guarujá, manifestantes se reuniram na porta do Edifício Solaris. Segundo as investigações da operação Lava Jato, fica ali o apartamento triplex que seria de Lula e teria sido reformado pela construtora OAS, envolvida no escândalo da Petrobrás.
Em Atibaia, na praça da matriz, a população protestou contra o governo e o ex-presidente Lula. A suspeita é de que pertença a ele um sítio de 17 hectares registrado em nome de Fernando Bittar, cujo pai foi prefeito de Campinas, e Jonas Leite Suassuna Filho, sócio de um dos filhos de Lula. Uma das evidências dá conta de que, durante seu mandato no Palácio do Planalto, Lula visitou dezenas de vezes o endereço, que teria sido reformado por empreiteiras ligadas à Operação Lava-Jato.
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