O Senhor do Labirinto
- Direção: Geraldo Motta Filho
- Duração: 80 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: Brasil
- Ano: 2010
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) era merecedor de um filme sobre sua trajetória artística e pessoal. O longa-metragem em questão, dirigido por Geraldo Motta Filho, não consegue, porém, transmitir nem uma coisa nem outra. A ambição de abarcar cinquenta anos de história usando os mesmos atores também é um equívoco porque traz à tona uma maquiagem de envelhecimento medonha. Em 1938, o sergipano Rosário (Flávio Bauraqui) chega à Colônia Psiquiátrica Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, com diagnóstico de esquizofrenia paranoide. Ele se considera Jesus e, como filho de Deus, começa a produzir mantos bordados e estandartes, sempre contando com a colaboração e o respeito do segurança Wanderley (Irandhir Santos). Embora a reprodução das obras faça jus ao trabalho do artista, o roteiro vai, aos trancos e barrancos, narrando sua biografia. Sempre bons intérpretes, Bauraqui e Irandhir tentam contornar os diálogos pobres, mas, na velhice dos personagens, nem eles convencem. Estreou em 11/12/2014.