No Limite do Amanhã
- Direção: Doug Liman
- Duração: 113 minutos
- Recomendação: 12 anos
- País: EUA/Austrália
- Ano: 2014
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Tom Cruise nunca perde a majestade. Embora tenha se destacado pouco nos últimos anos (em filmes esquecíveis, a exemplo de
Operação Valquíria e Jack Reacher), o galã ressurge com força em No Limite do Amanhã. Além de tudo, mostra-se confiante e ousado. Em um papel no qual caberia um ator de 30 e poucos anos (do tipo de Channing Tatum ou Jake Gyllenhaal), Cruise, aos 51 e com jovialidade invejável, convence muito bem. Como se isso não bastasse, o astro, em vez de entregar os pontos em dramas ou comédias românticas, abraça uma ficção científica enérgica e pop, pop, pop. Está por trás da façanha o diretor Doug Liman (A Identidade Bourne) em roteiro assinado por Christopher McQuarrie (Os Suspeitos). Aviso: para embarcar na trama, desligue o alerta da coerência. O terreno aqui é o da fantasia absoluta. Em ritmo alucinante e frenética montagem, narra-se a trajetória de Bill Cage (Cruise), um oficial americano que desembarca em Londres para se encontrar com um general inglês (Brendan Gleeson). O mundo foi tomado por alienígenas e Cage quer mostrar como os humanos podem virar a guerra contra os extraterrestres. Devido a uma série de mal-entendidos, Cage passa a ser acusado de desertor e, mesmo inexperiente, será obrigado a enfrentar o inimigo no campo de batalha. Sem estragar as surpresas, dá para dizer que o personagem vai morrer e reviver e depois morrer e reviver para morrer e reviver novamente, levando o espectador a um redemoinho de situações quase sempre idênticas. No caminho para encontrar a solução do enigma, Cage tromba com a destemida sargento Rita Vrataski (Emily Blunt). Estreou em 29/5/2014.