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Oito em cada dez vacinas contra Covid aplicadas no estado são de 3ª dose

Ampliação de campanha depende de ciclo completo entre adolescentes e início da imunização em crianças

Por Clayton Freitas
22 dez 2021, 13h47

A quantidade de doses de reforço da vacina contra a Covid-19 aplicadas no estado de São Paulo aumentou 183% desde o início do mês até agora. Enquanto isso, houve uma redução de 54% na quantidade de 1ª e 2ª doses aplicadas no período.

No dia 1º de dezembro, a média móvel diária de 1ª e 2ª dose era de 112.489. O número passou para 51.669 nesta terça-feira (21). Já a de terceira dose, passou de 69.068 em 1º de dezembro para 195.385 ontem.

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Os dados foram tabulados para a VEJA São Paulo por Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da pandemia.

“Esses dados são, sem dúvida, muito interessantes, porque, de certa forma, mostram que o governo do estado está ciente do que pode acontecer num futuro próximo, e também está de olho no que ocorre na Europa”, afirma o pesquisador.

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Reino Unido, Itália, Dinamarca e França são alguns dos países que já registram uma nova alta no número de casos de Covid. Parte disso é reflexo da nova variante Ômicron.

Há duas explicações para esse comportamento na quantidade de vacinas aplicadas: uma delas está relacionada à estagnação da vacinação entre adolescentes acima de 12 anos; e outra, a falta de definição para que crianças comecem a ser vacinadas.

Mais de 800 mil pessoas acima de 12 anos estão com a segunda dose em atraso no estado. Especialistas alertam para a importância desse grupo completar esquema vacinal antes das festas de final de ano.

Um estudo elaborado por pesquisadores da Fiocruz e divulgado nesta terça-feira (21) indica que a vacinação de crianças contra a Covid-19 é uma importante estratégia para elevar a cobertura vacinal de toda população brasileira. Outro estudo indicou que a vacinação das crianças deve começar antes da retomada das aulas em 2022. Se isso não ocorrer, elas podem ser o principal alvo de uma nova onda de casos.

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Apesar de a versão pediátrica da vacina da Covid da Pfizer já ter o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a liberação já foi questionada tanto pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quanto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Casaca, apesar de fundamental, por si só a vacinação não é suficiente para conter novos casos. “Seria ainda preciso intensificar campanhas para instruir a população quanto ao uso de máscaras, distanciamento, além de tentar contornar, de alguma forma, o problema do esvaziamento dos dados por conta dos ataques hackers”, afirma o especialista.

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