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Mesmo após a pandemia, Comitê da Covid estuda manter a máscara em alguns ambientes

Quando viável, fim do uso compulsório deverá ser feito gradualmente

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 Maio 2024, 17h58 - Publicado em 20 out 2021, 17h52
Imagem mostra garoto colocando a máscara facial de proteção
 (Kobby Mendez/Reprodução)
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O Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, que auxilia o governo de São Paulo nas decisões relacionadas à pandemia, concorda que ainda não é o momento de retirar a obrigatoriedade do uso de máscara no estado paulista. O centro, no entanto, antecipou que estuda manter o uso do item mesmo após a pandemia em alguns tipos de ambientes.

Em entrevista coletiva nesta quarta (20), o coordenador executivo do centro, João Gabbardo, disse que, apesar dos indicadores de morte, casos e internações por Covid-19 estarem em queda no estado devido ao avanço da vacinação, os integrantes do comitê concordam que o momento exige cautela.

“A posição do comitê científico de São Paulo é que não é o momento de flexibilizarmos a utilização das máscaras, apesar dos números estarem muito positivos. Ainda não é o momento porque estamos passando por momento de transição no Plano São Paulo, com flexibilização importante como volta às aulas [presenciais], frequência obrigatória dos alunos, presença de público nos eventos esportivos culturais e esportivos como nos estádios, redução de distanciamento. Temos que acompanhar qual será o impacto dessas modificações nos indicadores”, disse ele.

Segundo Gabbardo, o Centro de Contingência continua analisando o assunto, mas ainda não definiu uma data para a suspensão do uso de máscara. Isso, continuou, vai depender de uma análise de fatores relacionados à transmissibilidade da doença e à cobertura vacinal. Mas a ideia é que o fim da obrigatoriedade do equipamento de proteção seja feito gradualmente, começando pela retirada do uso de máscara em lugares abertos, ao ar livre, e sem aglomeração.

“O governo tem recebido pedidos de setores, como o de eventos, para não flexibilizarmos. Todos têm receio de ter que retroceder – e nós não queremos retroceder”, afirmou. Uma das ideias do comitê é estabelecer metas para os indicadores de forma que, ao atingir uma dessas metas, poderia ser liberado o uso de máscara em algumas situações, tal como ao ar livre.

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O Centro também analisa a possibilidade de, no futuro, continuar exigindo o uso de máscara em ambiente hospitalar, mesmo com o fim da pandemia. “Nos hospitais, as UTIs [unidades de terapia intensiva] e principalmente os centros cirúrgicos, a máscara é obrigatória para evitar a transmissão de doenças. Então vamos propor ao governo que em ambiente hospitalar o uso da máscara seja obrigatório mesmo depois da pandemia”, explicou.

Dados

Segundo o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) do estado de São Paulo está hoje em 28,5%, com 1.841 pessoas internadas em estado grave. “Para se ter uma ideia, este número significa 2,6 mil pessoas a menos do que no pico da primeira onda [entre junho e julho do ano passado] e 9,2 mil a menos do que no pico da segunda onda [entre março e abril deste ano]”, disse ele, reforçando que essa queda nas internações é resultado do avanço da vacinação.

Nos hospitais privados, a ocupação de leitos é ainda menor do que nos públicos. De acordo com o secretário, 80% dos hospitais privados de São Paulo têm hoje uma ocupação de 20% de seus leitos.

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Agência Brasil

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