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Estado de São Paulo bate recorde de taxa de transmissão de Covid

Dados de pesquisadores da USP e da Unesp indicam que a circulação da nova cepa está ocorrendo de forma acelerada também na capital

Por Clayton Freitas
18 jan 2022, 17h36
Dois enfermeiros completamente cobertos por roupas brancas de proteção atendem paciente deitado com roupa azul.
No auge da Covid-19, quase todos os leitos de UTI Covid foram ocupados (Mufid Majnun on Unsplash/Veja SP)
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A taxa de transmissão (Rt) da Covid 19 no estado de São Paulo chegou a 1,5 nesta terça-feira (18) e bateu recorde histórico. Na capital o índice está muito alto, em 1,61, porém, está abaixo do índice mais alto já registrado.

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O índice de 1,5 é o maior Rt já anotado de toda a pandemia, iniciada no começo de 2020. Até então, o maior índice no Estado de São Paulo havia sido registrado há pouco menos de um ano, em 20 de janeiro de 2021, quando foi anotado 1,49. No caso da capital, o índice chegou a 1,7 em 28 de março de 2021.

Os dados são do projeto SP Covid-19 Info Tracker, plataforma criada por pesquisadores da USP e da Unesp para acompanhar a evolução da pandemia do novo coronavírus. A fonte dos dados tabulados por eles são de órgãos oficiais.

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“A velocidade de transmissão da Ômicron é algo sem precedentes no mundo, inclusive alguns estudos preliminares estão arriscando postular que ela é mais transmissível que o Sarampo, que é a doença mais infecciosa já conhecida até então”, afirma Wallace Casaca, um dos coordenadores do projeto SP Covid-19 Info Tracker.

Epidemiologistas sempre indicaram que acompanhar a taxa de transmissão é fundamental para entender como a doença está evoluindo em uma determinada região. Esse índice leva em conta cálculos complexos, que envolvem, entre outras coisas, o número de novas infecções em determinado período e o grau de infecção registrado.

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Esse resultado mostra como a doença está se espalhando. Se a Rt ficar igual ou abaixo de 1, indica que o número de casos pode cair. Se é maior do que 1, espera-se aumento do número de casos.

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Segundo Casaca, uma das características já conhecidas da Ômicron é que ela tem uma capacidade de reprodução altíssima, produzindo um número gigantesco de pessoas infectadas em um intervalo de tempo muito pequeno. “Então, mesmo menos mortal, o percentual de pessoas que vão necessitar de algum cuidado hospitalar acaba sendo alto”, afirma.

O pesquisador alerta que as autoridades devem “recalibrar” o discurso que vem adotando, e não minimizar de forma alguma anova cepa. “Isso pode estar sendo mal interpretado por parte da população, que acaba afrouxando as medidas sanitárias mais básicas”, afirma.

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